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Bolsonaro diz que Brasil transferirá embaixada de Tel Aviv para Jerusalém

"Israel é um Estado soberano. Se os senhores decidirem qual é a sua capital, nós os seguiremos", disse Bolsonaro ao jornal "Israel Hayom"

Jair Bolsonaro: "Posso assegurar que incentivarei uma relação próxima e cooperação muito produtiva entre ambas as partes começando em 2019", disse o presidente eleito (Ricardo Moraes/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 08h53.

Jerusalém - O recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro , disse em entrevista ao jornal conservador "Israel Hayom" que Israel "tem direito soberano a decidir qual é a sua capital", e confirmou que transferirá a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

Na entrevista, que será publicada na sexta-feira, mas da qual o meio de comunicação antecipou alguns trechos nesta quinta-feira, Bolsonaro declarou seu apoio a Israel em fóruns internacionais e afirmou que sua promessa de mudar a embaixada - seguindo os passos dos EUA e Guatemala - não era só medida de efeito eleitoral.

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"Israel é um Estado soberano. Se os senhores decidirem qual é a sua capital, nós os seguiremos. Quando me perguntaram durante a campanha se transferiria a embaixada se fosse eleito presidente, respondi sim", manifestou na entrevista telefônica concedida ao jornal.

O líder, que assumirá o cargo em 1 de janeiro, contou que esteve em Israel há dois anos e que pretende voltar ao país, e acrescentou que "ama o povo de Israel e o Estado de Israel".

"Posso assegurar que incentivarei uma relação próxima e cooperação muito produtiva entre ambas as partes começando em 2019", prometeu.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro também questionou a legitimidade da legação diplomática palestina em Brasília.

Esta, afirmou, foi construída perto do Palácio da Alvorada, motivo pelo qual será preciso mudá-la, disse, e acrescentou que "a Palestina primeiro tem que ser um país para ter direito a uma embaixada".

No que diz respeito ao apoio de seu futuro Governo a Israel em fóruns internacionais como as Nações Unidas, o político brasileiro afirmou que o país "pode contar com o nosso voto na ONU. Sei que o voto é muitas vezes simbólico, mas ajuda a definir a postura que um país deseja adotar".

Após a recente vitória eleitoral, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, felicitou Bolsonaro por telefone na segunda-feira e o convidou a visitar Israel.

"Acredito que sua eleição levará a uma grande amizade entre os dois povos e ao fortalecimento dos laços entre o Brasil e Israel", disse o chefe de Governo israelense a Bolsonaro. EFE

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