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Bolsa Família será reajustado em 45%, diz Dilma

O programa não é reajustado desde 2009. A presidente explicou que o programa não foi sofreu alteração em 2010 porque foi ano eleitoral

A decisão de o aumento é em razão de que 34% a 35% das famílias mais pobres terem como chefe uma mulher (Sergio Dutti/EXAME.com)

A decisão de o aumento é em razão de que 34% a 35% das famílias mais pobres terem como chefe uma mulher (Sergio Dutti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h31.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff anunciou hoje reajuste de 45% na parcela relativa a filhos, nos benefícios pagos pelo Programa Bolsa Família. "Vamos beneficiar quem tem mais filho", disse a presidente, dizendo que o governo vai gastar R$ 2,1 bilhões com o reajuste. O decreto concedendo o reajuste foi assinado em Irecê, cidade localizada a 478 quilômetros de Salvador, no sertão da Bahia, em cerimônia de comemoração ao mês da mulher. Segundo ela, outras parcelas do programa terão reajuste menor.

Atualmente, o Bolsa Família atende 12,9 milhões de famílias, que recebem de R$ 22 a R$ 200. O programa não é reajustado desde 2009. Ela explicou que o programa não foi reajustado em 2010 porque foi ano eleitoral. "Não fizemos política com Bolsa Família". A decisão de o aumento incidir sobre a parcela relativa à quantidade de filhos é, de acordo com o governo, em razão de que 34% a 35% das famílias mais pobres terem como chefe uma mulher.

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 93% dos usuários do cartão Bolsa Família são mulheres. Por isso, o governo federal considera o programa importante para melhorar a vida econômica das mulheres.

No discurso, a presidente disse que estava com uma missão que a orgulhava muito. "Irecê e a Bahia são o primeiro Estado e município que visito com este contato tão amigo, caloroso e carinhoso da população. Queria dizer pra vocês que estou muito comovida". E falou do compromisso com a parcela da população brasileira que foi sempre abandonada e tratada como sendo uma parte da população que não interessava ao Brasil. "Este País só será grande se todos forem grandes com ele. Por isso, cada família brasileira tem de ser o centro da nossa política, o mais importante para um governo".

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