Apesar de ainda afetar pouco a reda das famílias, Tereza Campello acredita que o benefício está ajudando a erradicar a pobreza (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h29.
São Paulo - O reajuste acima da inflação dos benefícios do Bolsa Família, anunciado anteontem, vai tirar da miséria cerca de 500 mil famílias cadastradas no programa de transferência de renda. Isso representa menos de 10% das famílias incluídas no programa e que ainda não superaram a pobreza extrema porque os pagamentos não são suficientes para que elas ultrapassem o limite de renda de R$ 70 mensais por pessoa da família, o que caracteriza a miséria no Bolsa Família.
A previsão oficial - divulgada ontem pela ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) - foi feita com base em informações do cadastro de famílias pobres. O mesmo cadastro informa que 5,4 milhões das famílias beneficiárias do Bolsa Família não haviam conseguido superar a extrema pobreza apesar dos pagamentos mensais do programa.
“Demos um primeiro passo”, comentou a ministra sobre uma das principais metas do governo Dilma Rousseff, de erradicar a miséria no País até 2014. Com o reajuste, o programa vai pagar entre R$ 32 e R$ 242 mensais. “Ninguém tem a expectativa de que esse aumento resolva a extrema pobreza. Não estamos trabalhando com uma meta fácil e ela não será alcançada apenas com transferência de renda.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.