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BNDES libera financiamento para a Arena Fonte Nova

A obra, uma parceria público-privada liderada pela Odebrecht, foi iniciada com recursos do governo baiano

Sede do BNDES em Brasília (Divulgação/BNDES)

Sede do BNDES em Brasília (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 20h05.

O BNDES e o governo do Estado da Bahia assinaram contrato de financiamento no valor de R$ 323,6 milhões para reconstrução do estádio da Fonte Nova para a Copa do Mundo de 2014, de acordo com informações do banco nesta terça-feira. A obra, uma parceria público-privada liderada pela Odebrecht, foi iniciada com recursos do governo baiano. Com a contratação do financiamento do BNDES, que corresponde a 46% do investimento total, o projeto deverá começar a receber recursos do banco ainda no primeiro trimestre.

O BNDES também já contratou o crédito de R$ 400 milhões para a Arena da Amazônia, em Manaus. Do total, já foram liberados R$ 11 8 milhões na forma de subcrédito para custear o projeto executivo do estádio. O restante, informou o banco, será liberado no decorrer das obras.

O BNDES já aprovou R$ 1,8 bilhão em crédito para construção ou reforma de estádios. Os projetos de Fortaleza (Castelão) e Cuiabá (Arena Multiuso Pantanal) também já foram contratados. Apenas a reforma do Maracanã aguarda a solução de pendências, como o aval da Controladoria Geral da União (CGU), para a assinatura do contrato com o governo fluminense.

Segundo o BNDES, é normal um intervalo entre a aprovação e a contratação para a reunião de documentos e superação de entraves burocráticos. A demora não estaria relacionada à possibilidade de revisão no orçamento total da reforma do Maracanã, orçada em R$ 712 milhões. Sinais de deterioração da estrutura da cobertura do estádio podem elevar o projeto a R$ 1 bilhão. O Ministério Público Federal pediu informações sobre o projeto.

Mesmo que o custo total da reforma do Maracanã suba, o BNDES não poderá aumentar a sua participação no projeto. A cifra de R$ 400 milhões do crédito concedido à obra, equivalente a 57% do custo total, está no teto estabelecido para cada operação no ProCopa Arenas, linha especial criada pelo banco para financiar estádios nas cidades-sede.

Na segunda, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, admitiu haver pendências em relação ao financiamento do Maracanã e de outras arenas, mas disse não ver nenhum risco aos contratos. "Essa questão está sendo esclarecida, não vemos risco nenhum. Existem outras dúvidas em outros casos, mas todas serão esclarecidas. O que nós queremos é fazer tudo corretamente e dentro do prazo", afirmou.

Segundo o BNDES, a Arena Pernambuco, último dos seis projetos que solicitaram financiamento ao banco até o momento, está em fase final de análise pela área técnica. Só após esta etapa ela será levada à aprovação da diretoria.

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