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Bispo Edir Macedo defende perdão a Lula e diz que vitória foi "vontade de Deus"

"Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda", disse o bispo

Apesar de ser aliado de Bolsonaro, Macedo foi próximo a Lula nos governos do PT (Alan Santos/Presidência da República/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de novembro de 2022 às 19h32.

Última atualização em 3 de novembro de 2022 às 19h39.

O líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, que apoiava Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, afirmou nesta quinta-feira, 3, que é preciso perdoar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aceitar o resultado e "bola para frente".

"Quantas pessoas neste Brasil, ou nesse mundo afora, devem ter ficado irados contra o Lula e magoados e agarraram um sentimento de mágoa contra ele? Nós fizemos as nossas escolhas e a escolha foi da maioria, obviamente. Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer. O diabo quer acabar com a sua fé, acabar com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, minha filha, não dá, bola para frente", emendou Macedo em vídeo publicado nas redes sociais.

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A vitória de Lula no último domingo foi, segundo ele, uma "vontade de Deus". "Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda. Então, o que é que eu vou fazer agora? Tocar a vida para frente", disse o líder religioso.

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De acordo com o bispo, acumular mágoa com a vitória do ex-presidente é justamente o que "o diabo quer, quer que o Brasil fique com ódio, com mágoa do Lula". Todos que têm fé, segundo ele, ganharam com o resultado do último domingo. "Porque quem vive na fé e pela fé, vence o mundo. Está sempre vencendo. Nunca vai perder", continuou.

Apesar de ser aliado de Bolsonaro, Macedo foi próximo a Lula nos governos do PT. O Republicanos, um dos partidos do Centrão que compõem a coligação do atual presidente, foi fundado por bispos da Universal e é base do atual chefe do Executivo no Congresso.

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