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Bernanke ataca críticos do Fed e faz menção à China

O presidente do Fed também fez um ataque velado à política chinesa de manter o iuane desvalorizado

Ben Bernanke, presidente do Fed: críticas veladas à China (Alex Wong/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 07h32.

Washington - O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, rebateu nesta sexta-feira as críticas ao controverso programa de compra de ativos do banco central norte-americano, fazendo, também, um ataque velado à política chinesa de manter o iuane desvalorizado.

Bernanke, que enfrenta uma rajada de protestos dentro e fora do banco central, disse que uma economia mais vigorosa dos Estados Unidos é essencial para a recuperação mundial, negando acusações de que o programa de estímulos do Fed esteja depreciando o dólar.

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"A melhor forma de continuar dando os fortes fundamentos econômicos que sustentam o valor do dólar, assim como suportar a recuperação global, é através de políticas que levam à retomada do crescimento robusto em um contexto de estabilidade de preços nos Estados Unidos", disse Bernanke, em comentários preparados para uma conferência do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt.

A decisão do Fed de comprar mais 600 bilhões de dólares em dívida do governo norte-americano causou ultraje em muitas nações, que acusaram os EUA de buscar o enfraquecimento do dólar para incentivar as exportações.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, chamou a política dos EUA de "incompetente". Críticos domésticops também atacaram, argumentando que o programa pode induzir a inflação e alimentar bolhas de ativos.

Bernanke disse que o fracasso de algumas economias emergentes com superávits comerciais na apreciação de suas moedas está piorando os problemas desses países.

"A subvalorização cambial por países superavitários está inibindo o ajuste internacional necessário e criando efeitos de contágio que não existiriam se as taxas de câmbio refletissem melhor os fundamentos do mercado", disse ele, sem comentar explicitamente sobre a China.

Autoridades dos EUA defendem que o iuan subvalorizado dá à potência exportadora asiática uma vantagem injusta nos mercados internacionais.

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