Bendine preso, cortes no PAC, Temer impopular e mais
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EXAME Hoje
Publicado em 27 de julho de 2017 às 20h06.
Bendine preso na Lava-Jato
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a 42ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Cobra. O principal alvo dessa etapa foi o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele estava em Sorocaba (SP) e foi preso temporariamente. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Bendine foi presidente executivo da Petrobras de fevereiro de 2015 a maio de 2016, tendo sido indicado para o cargo pela então presidente Dilma Rousseff após a deflagração da Lava-Jato. Antes de assumir a petroleira, comandou o Banco do Brasil entre 2009 e 2015. As investigações que levaram Bendine para a cadeira partiram das delações premiadas de Marcelo Odebrecht e de Fernando Ayres, ex-executivos do grupo Odebrecht, e basearam-se em trocas de mensagens e em pelo menos duas reuniões.
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Cortes no PAC
O governo anunciou há pouco o contingenciamento de 5,9 bilhões de reais e o remanejamento de 2,2 bilhões do Orçamento deste ano. O corte atinge, principalmente, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que perderá, ao todo, 7,4 bilhões de reais, sendo 5,2 bilhões contingenciados e 2,2 bilhões realocados para outras áreas. O corte foi necessário para repor a queda na expectativa total de arrecadação, anunciada na última sexta-feira, que passou de 1,386 trilhão para 1,380 trilhão de reais. Havia a expectativa de que o corte fosse menor, devido à possibilidade de entrada de receitas extraordinárias. Contudo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que não foi possível fazer as avaliações necessárias, já que o prazo para o anúncio do contingenciamento terminará amanhã.
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Aprovação baixa para Temer
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira aponta que apenas 5% dos brasileiros consideram como bom ou ótimo o governo do presidente Michel Temer (PMDB). O índice demonstra uma queda de popularidade do presidente em relação a março, quando a mesma resposta foi a opção de 10% dos entrevistados em estudo similar conduzido pelo instituto. As duas pesquisas foram encomendadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Seguindo a mesma tendência, a pesquisa aponta que o porcentual de quem avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 55% para 70%. As entrevistas foram realizadas entre 13 e 16 de julho com 2.000 pessoas de 125 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
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Fachin acelera a Lava-Jato
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), manteve os trabalhos em seu gabinete mesmo durante o recesso de julho do Judiciário. O objetivo é tentar viabilizar julgamentos de ações penais da Lava-Jato na Corte ainda neste ano. Os processos que estão em fase mais avançada envolvem a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, e os deputados federais Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Nelson Meurer (PP-PR). Após quase três anos e meio das investigações que começaram em Curitiba e se espalharam por todo o país, essas serão as primeiras sentenças no STF a respeito de políticos com foro privilegiado acusados de envolvimento no esquema de desvios e corrupção na Petrobras. Durante este mês, os três juízes auxiliares do ministro-relator se revezaram para tomar depoimentos de testemunhas. Não há prazo legal para marcar um julgamento no Supremo, mas interlocutores do relator consideram a possibilidade de que as sentenças sejam proferidas até dezembro.
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Bolsa: alta de 0,41%
A bolsa brasileira chegou a apresentar alta de 1,03% nesta quinta-feira, mas fechou em alta de 0,41% após um dia ruim no mercado internacional. As ações na Nasdaq caíram 1%. No Brasil, o dia foi recheado de divulgações de balanços de empresas, entre elas Natura e Vale, as quais tiveram destaque positivo e negativo, respectivamente. Além disso, foi preso o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine em nova fase da Operação Lava-Jato. O dólar fechou em alta de 0,38%, fechando em 3,15 reais.
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Liderança da Natura
As ações da Natura lideraram a alta do Ibovespa na tarde desta quinta-feira. Os papéis subiram 6,11% em sinal de euforia com os resultados apresentados pela empresa. De abril a junho, o lucro líquido registrado foi de 163,5 milhões de reais, um aumento de 80% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida consolidada no país ficou estável em 2 bilhões de reais. A receita líquida internacional, por outro lado, cresceu 4,9%, para 681 milhões de reais. Em teleconferência, o diretor de relações com investidores, José Roberto Lettiere, afirmou que o movimento está alinhado com a estratégia da empresa. “Faz parte da estratégia de longo prazo da companhia para se internacionalizar ainda mais.” Uma das iniciativas foi a compra da marca britânica The Body Shop, concluída em junho, por 1 bilhão de euros.
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Caos no Rio
A crise do estado do Rio de Janeiro tem se refletido nos negócios, abalados pela queda nas vendas e na atividade econômica. No primeiro semestre do ano, o estado registrou o fechamento de 9.730 empresas — 55% mais do que no mesmo período do ano passado. As informações são de pesquisa divulgada pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio). Do total, apenas na capital 914 estabelecimentos foram fechados em junho, número 149% maior do que o registrado no mesmo mês de 2016. Os dados indicam que, em todo o estado, também em junho, foram extintas 2.062 empresas, um aumento de 100% em relação a junho de 2016.
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Gustavo Franco na Nubank
A empresa de cartões de crédito Nubank acaba de contratar o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e fundador da gestora Rio Bravo. A informação foi divulgada na coluna Primeiro Lugar da última edição da revista EXAME. Franco tem salário fixo, plano de opções de ações e começou a dar expediente na sede da empresa uma vez por semana em julho. Sua missão é ajudar o Nubank a crescer e lançar novos produtos. Para Franco, a transformação do mercado financeiro nos próximos dez anos será “devastadora, no bom sentido”.
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U$ 1,6 bi para o muro
A Câmara dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira 1,6 bilhão de dólares para construir o tão falado muro na fronteira com o México, uma das maiores promessas de campanha do presidente Donald Trump. A aprovação faz avançar o plano de Trump, mas deixa claro que, ao contrário do que prometeu o presidente, não é o México quem vai pagar. O projeto ainda tem que passar pelo Senado.
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Canadá convida
Pouco depois do anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que proibirá o ingresso de transexuais nas Forças Armadas de seu país, os militares canadenses responderam abrindo suas portas para “todas as orientações sexuais”. “Damos as boas-vindas aos canadenses de todas as orientações sexuais e identidades de gênero. Juntem-se a nós!”, declarou a conta oficial das Forças Armadas canadense no Twitter. As Forças Armadas americanas, por sua vez, afirmaram que a entrada de transexuais continua permitida até que a Casa Branca mude oficialmente a política.
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Manifestações proibidas
O governo da Venezuela anunciou nesta quinta-feira que estão proibidas manifestações de sexta-feira até a próxima terça-feira por causa da eleição para a Assembleia Constituinte, no domingo. “Estão proibidas em todo o território nacional as reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afetar a normalidade do processo eleitoral”, disse Néstor Reverol, ministro do Interior, Justiça e Paz. A punição prevista chega a dez anos de prisão.
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Bezos no céu
Jeff Bezos, fundador da varejista online Amazon, foi por algumas horas desta quinta-feira, pela primeira vez, o homem mais rico do mundo, à frente de Bill Gates. A mudança foi provocada por uma alta nas ações da varejista no início do pregão americano, o que levou a fortuna de Bezos, dono de 17% da companhia, para mais de 90 bilhões de dólares. Mas a Amazon acabou caindo no início da tarde, o que fez Bezos fechar o dia com 88,7 bilhões de dólares, ante os 89,8 bilhões de Gates. Detalhe: o fundador da Microsoft estaria muito à frente no ranking caso não tivesse doado, nos últimos anos, mais de 30 bilhões de dólares.