Base de Temer consegue quórum na Câmara e faz sessão nesta sexta
O quórum era necessário para que o dia contasse como prazo para a tramitação da denúncia contra o presidente na Casa
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Câmara: pelo regimento interno da Câmara, a CCJ tem até cinco sessões para aprovar o parecer que será levado a o plenário (Agência Brasil/Agência Brasil)
Publicado em 7 de julho de 2017, 11h51.
Brasília - Após intensa mobilização dos líderes da base, a Câmara conseguiu atingir o quórum mínimo de 51 deputados para que a sessão desta sexta-feira, 7, conte como prazo para a tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Comissão de Constituição em Justiça (CCJ) e não atrase o cronograma do governo, que tem pressa em encerrar o processo.
Por volta das 10h15, 71 deputados haviam marcado presença. O número, para uma sexta, é alto, já que os parlamentares costumam voltar para as suas cidades já às quintas-feiras.
Para garantir o quórum, líderes da base permaneceram em Brasília e fizeram uma intensa mobilização na quinta-feira, 6, telefonando para deputados e pedindo para que eles adiassem o retorno.
Participaram da articulação os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), André Moura (PSC-SE) e Lelo Coimbra (PMDB-ES) e Baleia Rossi (PMDB-SP).
Cronograma
Pelo regimento interno da Câmara, a CCJ tem até cinco sessões para aprovar o parecer que será levado a o plenário. Até agora, duas sessões foram contabilizadas.
Pelo cronograma estabelecido, o relatório, a ser elaborado pelo deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), deve ser lido na segunda-feira, 10. Após prazo de vista de duas sessões, o início da discussão na CCJ está previsto para quarta-feira , 12.
Apesar da pressa do governo, a fase de debates na CCJ onde todos os 66 integrantes da comissão poderão falar, assim como seus suplentes, e 40 deputados não membros do colegiado, poderá atrasar a apreciação da denúncia no plenário. Se todos quiserem falar, a estimativa é que a discussão leve cerca de 40 horas.
Somente após essa discussão, a CCJ irá apreciar de fato o relatório. Independentemente do resultado, a denúncia será levada à votação no plenário. Para barrar o seguimento do processo, Temer precisa do apoio de pelo menos 172 dos 513 deputados.
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