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Base aliada cogita quebra de sigilo de Gabrielli em CPMI

Na próxima segunda, o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), vai apresentar um plano de trabalho que deve ser questionado pela base e pela oposição

Gabrielli: melhor período da Petrobras para se achar "alguma coisa" é em sua presidência, diz deputado (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 17h46.

Brasília - Integrantes de partidos da base aliada da Câmara defendem que a CPI mista da Petrobras foque suas investigações nos personagens centrais da estatal e chegam até a apoiar a proposta, feita esta semana pela oposição, de quebrar o sigilo bancário do ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli.

Na próxima segunda-feira (2), o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), vai apresentar um plano de trabalho que deve ser questionado pela base e pela oposição.

A maior preocupação do Palácio do Planalto é com os deputados aliados.

A avaliação é a de que, ao contrário da CPI formada apenas pelos senadores, na CPI mista, que inclui a Câmara, o controle é menor, dada a insatisfação dos deputados.

Eles defendem que as investigações sejam concentradas, destacando o fato de que a comissão, com 180 dias de prazo para funcionar, vai atuar durante o período da Copa do Mundo, das convenções partidárias e da campanha eleitoral.

Para o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), a CPI mista deveria, no início, requisitar documentos de investigações e da Justiça e pedir a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico dos suspeitos de envolvimento em irregularidades.

"Não adianta chamar para depor agora", avaliou o peemedebista, que meses atrás liderou uma rebelião da base contra o Planalto.

Com o aval da bancada do partido, Cunha afirmou que vai propor, na reunião que decidirá o roteiro de trabalho da CPMI, que a apuração sobre compra da refinaria de Pasadena poderia começar pela requisição de todos os documentos que estão nos órgãos de fiscalização e os processos de arbitragem e judiciais que correram foram do país.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), ex-integrante da CPI dos Correios, que apurou o escândalo do mensalão, em 2005, disse ser favorável a analisar documentos ao mesmo tempo em que são convocadas autoridades e envolvidos para depor.

"Tem coisa errada (na Petrobras), o que falta é materializar", afirmou.

Na avaliação do petebista, o melhor período da estatal para se achar "alguma coisa" é durante a presidência de Gabrielli, de 2005 a 2012.

"Apoio a quebra de sigilo dele", disse, referindo-se à sugestão feita na primeira reunião da CPI pelo pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG).

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), ligado ao também presidenciável Eduardo Campos, defendeu que a comissão foque em aprovar no máximo 15 requerimentos e não abra muito o leque de investigações no programa de trabalho do relator.

"A gente não pode ficar tergiversando", avaliou.

O socialista citou como o "foco" da CPI mista a investigação de Pasadena e das suspeitas que envolvem os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró (responsável pelo parecer que avalizou a compra da refinaria) e Paulo Roberto Costa (preso até recentemente pela Polícia Federal no curso da Operação Lava Jato).

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Brasília - Integrantes de partidos da base aliada da Câmara defendem que a CPI mista da Petrobras foque suas investigações nos personagens centrais da estatal e chegam até a apoiar a proposta, feita esta semana pela oposição, de quebrar o sigilo bancário do ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli.

Na próxima segunda-feira (2), o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), vai apresentar um plano de trabalho que deve ser questionado pela base e pela oposição.

A maior preocupação do Palácio do Planalto é com os deputados aliados.

A avaliação é a de que, ao contrário da CPI formada apenas pelos senadores, na CPI mista, que inclui a Câmara, o controle é menor, dada a insatisfação dos deputados.

Eles defendem que as investigações sejam concentradas, destacando o fato de que a comissão, com 180 dias de prazo para funcionar, vai atuar durante o período da Copa do Mundo, das convenções partidárias e da campanha eleitoral.

Para o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), a CPI mista deveria, no início, requisitar documentos de investigações e da Justiça e pedir a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico dos suspeitos de envolvimento em irregularidades.

"Não adianta chamar para depor agora", avaliou o peemedebista, que meses atrás liderou uma rebelião da base contra o Planalto.

Com o aval da bancada do partido, Cunha afirmou que vai propor, na reunião que decidirá o roteiro de trabalho da CPMI, que a apuração sobre compra da refinaria de Pasadena poderia começar pela requisição de todos os documentos que estão nos órgãos de fiscalização e os processos de arbitragem e judiciais que correram foram do país.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), ex-integrante da CPI dos Correios, que apurou o escândalo do mensalão, em 2005, disse ser favorável a analisar documentos ao mesmo tempo em que são convocadas autoridades e envolvidos para depor.

"Tem coisa errada (na Petrobras), o que falta é materializar", afirmou.

Na avaliação do petebista, o melhor período da estatal para se achar "alguma coisa" é durante a presidência de Gabrielli, de 2005 a 2012.

"Apoio a quebra de sigilo dele", disse, referindo-se à sugestão feita na primeira reunião da CPI pelo pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG).

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), ligado ao também presidenciável Eduardo Campos, defendeu que a comissão foque em aprovar no máximo 15 requerimentos e não abra muito o leque de investigações no programa de trabalho do relator.

"A gente não pode ficar tergiversando", avaliou.

O socialista citou como o "foco" da CPI mista a investigação de Pasadena e das suspeitas que envolvem os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró (responsável pelo parecer que avalizou a compra da refinaria) e Paulo Roberto Costa (preso até recentemente pela Polícia Federal no curso da Operação Lava Jato).

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