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Barreiras argentinas carecem de solução, diz Figueiredo

Ministro reconheceu que os problemas gerados pelas barreiras argentinas podem contaminar a relação comercial entre os países

Luiz Alberto Figueiredo: ministro fez uma advertência ao governo argentino ao dizer que "quando há entraves no comércio, as partes acabam buscando outros parceiros" (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 21h49.

Buenos Aires - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo , reconheceu, nesta quinta-feira, 19, que os problemas gerados pelas barreiras argentinas por meio das Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAI), podem contaminar a relação comercial. E, portanto, precisam ser resolvidas. "Não podemos deixar sem soluções algumas questões na área comercial porque podem contaminar a relação comercial como um todo", disse em entrevista a jornalistas brasileiros, na embaixada do Brasil em Buenos Aires, onde passou o dia em visita oficial.

O ministro fez uma advertência ao governo argentino ao dizer que "quando há entraves no comércio, as partes acabam buscando outros parceiros e não queremos que isso ocorra". Segundo Figueiredo, a Argentina precisa acelerar as tramitações dos pedidos de importações de produtos brasileiros e o assunto foi amplamente discutido com seu colega Héctor Timerman.

"O fato é que temos que destravar estas questões", disse, informando que o ministro argentino demonstrou vontade política para que o problema seja resolvido o mais rápido possível, como determinaram as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner às suas respectivas equipes. "Há uma vontade política real das duas partes de dar uma solução a isso", insistiu.

"Não queremos que uma relação que foi construída durante tantos anos seja prejudicada por questões pontuais", comentou. Ele ponderou que nos últimos 10 anos o comércio bilateral saltou de US$ 7 bilhões (2002) para US$ 34,5 bilhões (2012), e que entre janeiro a agosto de 2013, o fluxo de comércio acumulou US$ 24,5 bilhões. "Até o fim do ano, a projeção é de atingir volume maior que do ano passado", afirmou, completando que "não há redução do comércio, não há prejuízo significativo para as duas partes". Neste cenário, Figueiredo reconheceu que, "embora as DJAI sejam um problema que vamos resolver, não estão afetando o comércio dos dois países de maneira radical".

União Europeia

Figueiredo informou que discutiu com seu colega argentino sobre as negociações do Mercosul com a União Europeia com vistas a um acordo de livre-comércio entre as duas regiões. O ministro confirmou informação antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que ambos os países buscam "uma convergência de tempos e das ofertas". O Broadcast havia apurado que, na última segunda-feira, 16, em reunião entre autoridades argentinas e empresários, o governo de Cristina Kirchner descartou a apresentação de uma oferta diferenciada do Brasil e da Argentina.

O chanceler brasileiro afirmou que "as duas partes concordaram em que a oferta do Mercosul seja construída o mais rápido possível para ser apresentada antes do fim do ano". Ele disse que, no Brasil, as consultas internas estão bastante avançadas e o País está elaborando uma "oferta bastante robusta".

O ministro comentou que a Argentina está comprometida a também avançar na elaboração de sua lista de produtos para liberalização do comércio. Os empresários locais têm um prazo até o dia 15 de outubro para apresentar as propostas, que serão analisadas pelo governo para decidir sobre o volume dos produtos do comércio que pode ser liberalizado e em que prazo.

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O ministro fez uma advertência ao governo argentino ao dizer que "quando há entraves no comércio, as partes acabam buscando outros parceiros e não queremos que isso ocorra". Segundo Figueiredo, a Argentina precisa acelerar as tramitações dos pedidos de importações de produtos brasileiros e o assunto foi amplamente discutido com seu colega Héctor Timerman.

"O fato é que temos que destravar estas questões", disse, informando que o ministro argentino demonstrou vontade política para que o problema seja resolvido o mais rápido possível, como determinaram as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner às suas respectivas equipes. "Há uma vontade política real das duas partes de dar uma solução a isso", insistiu.

"Não queremos que uma relação que foi construída durante tantos anos seja prejudicada por questões pontuais", comentou. Ele ponderou que nos últimos 10 anos o comércio bilateral saltou de US$ 7 bilhões (2002) para US$ 34,5 bilhões (2012), e que entre janeiro a agosto de 2013, o fluxo de comércio acumulou US$ 24,5 bilhões. "Até o fim do ano, a projeção é de atingir volume maior que do ano passado", afirmou, completando que "não há redução do comércio, não há prejuízo significativo para as duas partes". Neste cenário, Figueiredo reconheceu que, "embora as DJAI sejam um problema que vamos resolver, não estão afetando o comércio dos dois países de maneira radical".

União Europeia

Figueiredo informou que discutiu com seu colega argentino sobre as negociações do Mercosul com a União Europeia com vistas a um acordo de livre-comércio entre as duas regiões. O ministro confirmou informação antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que ambos os países buscam "uma convergência de tempos e das ofertas". O Broadcast havia apurado que, na última segunda-feira, 16, em reunião entre autoridades argentinas e empresários, o governo de Cristina Kirchner descartou a apresentação de uma oferta diferenciada do Brasil e da Argentina.

O chanceler brasileiro afirmou que "as duas partes concordaram em que a oferta do Mercosul seja construída o mais rápido possível para ser apresentada antes do fim do ano". Ele disse que, no Brasil, as consultas internas estão bastante avançadas e o País está elaborando uma "oferta bastante robusta".

O ministro comentou que a Argentina está comprometida a também avançar na elaboração de sua lista de produtos para liberalização do comércio. Os empresários locais têm um prazo até o dia 15 de outubro para apresentar as propostas, que serão analisadas pelo governo para decidir sobre o volume dos produtos do comércio que pode ser liberalizado e em que prazo.

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