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Bancários entram em greve por tempo indeterminado

São 460 mil bancários no Brasil, dos quais 130 mil na base de São Paulo, Osasco e Região

A decisão foi tomada em assembleias que rejeitaram a oferta da Fenaban de reajuste salarial de 4,29% (.)

A decisão foi tomada em assembleias que rejeitaram a oferta da Fenaban de reajuste salarial de 4,29% (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Sem proposta de aumento real de salário, os bancários decidiram hoje entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de amanhã, em todo o Brasil. A decisão foi tomada em assembleias que rejeitaram a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,29%, que somente repõe a inflação acumulada em 12 meses até agosto.

A categoria foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários a rejeitar a proposta e decidir pela greve.Até as 21h30, a greve já havia sido aprovada na maioria das capitais e principais cidades do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

"As decisões das assembleias demonstram a indignação dos bancários com a postura intransigente dos bancos", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.

"Com os lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos somente por cinco bancos no primeiro semestre deste ano, é possível o atendimento das demandas da categoria."Este é o sétimo ano consecutivo que os bancários fazem greve por aumento de salários.

Em 2009, eles ficaram de braços cruzados durante 15 dias. São 460 mil bancários no Brasil, dos quais 130 mil na base de São Paulo, Osasco e Região. Os trabalhadores querem 5% de aumento real, além da reposição da inflação de 4,29%, que compõem um índice de reajuste salarial de 11%.

Pedem ainda prêmio de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) equivalente a três salários mais R$ 4 mil e o fim das metas abusivas e do assédio moral, entre outras reivindicações.

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