Brasil

Baixada Fluminense vai ganhar 700 km de redes de água

Governo investirá R$ 456 milhões na instalação de 423 quilômetros de rede de água e R$ 400 milhões na construção de 300 quilômetros de rede de esgoto


	Estação de tratamento de esgoto: recursos virão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Estadual de Compensação Ambiental (Fecam)
 (Divulgação/Sabesp)

Estação de tratamento de esgoto: recursos virão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Estadual de Compensação Ambiental (Fecam) (Divulgação/Sabesp)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 22h22.

Rio de Janeiro – A Baixada Fluminense historicamente sofre com problemas de saneamento básico. No verão, as torneiras secam e deixam as famílias sem água e nas estações chuvosas os córregos inundam, levando detritos e poluição para dentro das casas. Somando os seis municípios que compõem a região, mais os bairros da zona norte do Rio que ficam no entorno, são 4,2 milhões de pessoas, segundo o censo do IBGE de 2010, e que chegarão a 4,3 milhões de habitantes em 2018.

Para começar a resolver o problema, o governo do estado anunciou hoje (27) o investimento de R$ 456 milhões na instalação de 423 quilômetros de rede de água e R$ 400 milhões na construção de 300 quilômetros de rede coletoras de esgoto, em um prazo de cinco anos. A notícia foi divulgada pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, durante a abertura da Conferência de Saneamento Básico da Baixada Fluminense, que ocorreu em Duque de Caxias.

Os recursos virão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Estadual de Compensação Ambiental (Fecam).

A engenheira da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) Heloísa Torres, especializada em engenharia hídrica, ressaltou que a Baixada Fluminense é extremamente carente no setor de saneamento básico. Ainda que exista rede de água na maior parte das casas, o problema, segundo ela, é que não há estabilidade no sistema. A água vem um dia, mas falta no outro, deixando os moradores sempre inseguros quanto ao abastecimento.

“Todos têm rede, mas a água só chega uma vez por semana. Existe abastecimento de água, mas é precário. Não é satisfatório. Existe esgotamento sanitário, mas é precaríssimo. Resolvemos enfrentar o desafio e implantar sistemas de saneamento como temos em outras cidades do Rio e do Brasil. Vamos fazer reservatórios para garantir a água todos os dias nas casas”, disse a engenheira.

A Baixada Fluminense é formada pelos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis e São João de Meriti. A região fica praticamente ao nível do mar, entre dois grandes maciços rochosos, as serras de Tinguá e Gericinó-Mendanha, que atuam como verdadeiras calhas, carreando as águas das chuvas para as cidades, favorecendo as enchentes.

Quanto a isso, Heloísa disse que estão sendo feitas ações de dragagem dos maiores rios da região, como o Sarapuí, Pavuna e Botas. Limpeza dos valões, retirada dos obstáculos dos cursos d´água e a criação de piscinões, para amortização de cheias. Segundo ela, o combate às enchentes e à poluição na Baixada Fluminense beneficia diretamente o restante da região metropolitana, pois os riachos acabam desaguando na Baía de Guanabara, levando todo tipo de lixo e contaminação para as turísticas praias do Rio e de Niterói.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaEsgotoServiços

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso