Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Presidente da Itália aprova a indicação de Giuseppe Conte para primeiro-ministro do pais, nesta quarta-feira. Agora, ele deve indicar uma lista de ministros
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2018 às 07h00.
Última atualização em 24 de maio de 2018 às 09h41.
Eletrobras em queda
As ações da Eletrobras começaram a quarta-feira, na Bolsa de Valores , com queda e fecharam o dia com baixa de 11,47%. Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a Medida Provisória no 814, que trata da privatização das distribuidoras da Eletrobras, não seria votada, e que o governo deverá enviar um projeto de lei sobre o mesmo tema. O texto da MP garantia que a companhia conseguiria viabilizar quase 8 bilhões de reais em créditos pleiteados pelas distribuidoras junto a fundos do setor elétrico. A empresa também avaliava que o texto da MP eliminaria cobranças bilionárias feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) às distribuidoras da Eletrobras. A privatização envolve as distribuidoras da companhia no Acre (Eletroacre), Rondônia (Ceron), Amazonas (Amazonas Energia), Roraima (Boa Vista Energia), Alagoas (Ceal) e Piauí (Cepisa). O processo está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU).
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Prévia da inflação abaixo da meta
Diante da queda dos preços de alimentos, transportes e artigos de residência, a prévia da inflação oficial brasileira subiu bem menos do que o esperado e registrou o menor nível em 18 anos para o mês de maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,14% em maio, desacelerando a alta, depois de ter subido 0,21% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Foi a menor taxa para o mês desde a variação positiva de 0,09% registrada no ano 2000 e muito aquém das expectativas de analistas em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,25%. Com isso, em 12 meses, a alta do IPCA-15 foi a 2,70%, ainda abaixo do piso da meta de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dos nove grupos pesquisados, três apresentaram deflação neste mês: alimentação e bebidas (queda de -0,05% nos preços), artigos de residência (-0,11%) e transportes (-0,35%).
Keystone mais próxima de ser vendida
A Marfrig anunciou, nesta quarta-feira, que o processo de venda da Keystone Foods avançou para a segunda fase, com cinco empresas selecionadas pela Marfrig (os nomes das interessadas não foram revelados). O principal objetivo da venda da Keystone, cujas operações são concentradas nos EUA e na Ásia, é voltar seu foco para o mercado bovino. Segundo a companhia, o processo prevê uma proposta vinculante de compra da unidade fornecedora de alimentos processados para redes de restaurantes no mês de junho. Além da proposta vinculante de compra em junho, a segunda fase contempla ainda acesso ao data room, reuniões com a liderança da Keystone e visita a plantas nos EUA e na Ásia.
Azeredo se entrega
O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) se entregou nesta quarta-feira 23 à Polícia Civil para dar início ao cumprimento da pena de 20 anos e um mês de prisão por lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público. Nesta terça-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o último recurso da defesa de Azeredo e decretou sua prisão, a primeira do chamado mensalão tucano, 11 anos após a denúncia e 20 anos após os fatos que motivaram as acusações. Mais cedo, Azeredo era considerado foragido pela polícia em Belo Horizonte. Nesta quarta, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jorge Mussi negou o pedido de habeas-corpus do tucano. Seus advogados já disseram que vão recorrer.
Soltos por Gilmar
O ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu soltar o ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro Hudson Braga (que atuou na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, do MDB) e Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral. Em ambos os casos, Gilmar converteu as prisões preventivas em medidas cautelares alternativas. Réu da Lava-Jato, Braga é acusado de atuar no esquema milionário de propinas atribuído a Sérgio Cabral. Em dezembro do ano passado, ele afirmou, em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, que a chamada “taxa de oxigênio”, 1% do valor de contratos públicos durante o governo Cabral, paga pelas empreiteiras como forma de propina, era algo institucionalizado, e que não foi criada por ele.
Aumenta mais
O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Tribunal Federal da 2a Região (TRF2) que aumente o valor da multa ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL/RJ), por declarações ofensivas a comunidades quilombolas, de 50.000 reais para 300.000 reais. De acordo com o órgão, o valor da multa estabelecido pela Justiça, que deve refletir a gravidade do fato e a capacidade econômica do réu, não foi proporcional à conduta do parlamentar. Na ação, a Procuradoria da República diz que Bolsonaro fez declarações contundentes contra quilombolas durante uma palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril do ano passado. O deputado disse que o “afrodescendente mais leve” de uma comunidade quilombola paulista “pesava 7 arrobas” e completou dizendo que os quilombolas não faziam nada e nem para “procriar servem mais”.
Pimentel denunciado
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por falsidade ideológica para fins eleitorais e ocultação de valores de caixa dois na prestação de contas de sua campanha de 2014. A denúncia foi oferecida em março, mas teve o sigilo retirado somente agora pelo relator do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin. Trata-se da quarta acusação contra Pimentel, proveniente da Operação Acrônimo, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais. Pimentel é acusado de receber 3,2 milhões de reais via caixa dois de dois grupos econômicos de Minas Gerais.
Itália: primeiro-ministro escolhido
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, aprovou a indicação do jurista Giuseppe Conte para primeiro-ministro do pais, nesta quarta-feira. Agora, ele deve indicar uma lista de ministros que farão parte de seu governo, e aguardar uma outra aprovação. Em discussão desde as eleições parlamentares, em março desde ano, o país se encontra sem um governo definido. O Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga (de extrema direita), partidos mais votados, anunciaram, na semana passada, que indicariam Conte para assumir o cargo de primeiro-ministro de seu governo de coalizão. O presidente do país reivindicava garantias quanto ao respeito dos compromissos europeus e internacionais. Ainda de acordo com a imprensa italiana, o presidente também tinha dúvidas quanto à autoridade de Conte, que não tem experiência política, e tem um currículo acadêmico suspeito. Em seu documento profissional, Conte afirma que realizou trabalhos em universidades como Yale, Sorbonne, Cambridge e New York University (NYU). A NYU, porém, disse não ter registros dele.
Aumento “em breve”
A maioria dos membros do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, afirmou, nesta quinta-feira, que outro aumento da taxa de juros seria justificado “em breve”. Em um documento publicado pelo banco, o aumento pode ocorrer se a perspectiva econômica do país continuar intacta. Além disso, os membros alertaram para a necessidade de refletir que os juros poderiam ficar próximos ou acima das estimativas de longo prazo.
Catalunha: sem novo governo
O presidente regional da Catalunha, Quim Torra, adiou a cerimônia de posse de seu novo governo, nesta quarta-feira, em razão do bloqueio de Madri à nomeação de ministros presos ou no exterior. Em comunicado, o novo líder regional denunciou “o bloqueio do governo espanhol” de Mariano Rajoy e anunciou que “pediu que as medidas legais que podem ser tomadas” contra ele sejam estudadas. O Executivo espanhol, que controla a administração regional desde a fracassada declaração de independência, em outubro do ano passado, impediu a publicação oficial do decreto com as nomeações dos ministros de Torra, assinado no sábado. Entre eles, o novo presidente incluiu quatro ex-ministros do Executivo de Carles Puigdemont destituído em outubro, dois deles em prisão preventiva e outros dois exilados em Bruxelas.