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Autoridades do DF e de GO se reúnem para controlar dengue

Nas cinco primeiras semanas de 2013, foram notificados 20.793 casos de dengue em Goiás – um aumento de 377% na comparação com o mesmo período do ano passado

Mosquito da dengue: até o momento, o DF notificou 638 casos da doença, sendo 160 confirmados – um aumento de 55,3%. (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília – Diante da epidemia de dengue registrada em municípios goianos, representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal se reuniram hoje (14) em Brasília com autoridades do estado vizinho na tentativa de controlar o aumento de casos da doença.

Nas cinco primeiras semanas de 2013, foram notificados 20.793 casos de dengue em Goiás – um aumento de 377% na comparação com o mesmo período do ano passado. A maioria deles foi registrada em Goiânia (11.604) e em Aparecida de Goiânia (1.752). Além disso, 17 óbitos estão sendo investigados.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Tânia da Silva Vaz, a parceria entre os dois governos é sólida, mas precisa ser reforçada para o enfrentamento do que considera uma epidemia já instalada.

A maior preocupação, segundo ela, é em relação ao aumento de casos de dengue tipo 4, que representam 49% dos sorotipos isolados no estado até o momento. Os 51% restantes são de dengue tipo 1. “Temos uma população inteira suscetível à dengue 4. Pessoas que já adoeceram podem adoecer novamente”, alertou.

O secretário adjunto de Saúde do DF, Elias Fernando Miziara, disse que o mosquito Aedes aegypti não reconhece divisas e que o risco de a epidemia se alastrar é grande, uma vez que há aumento de casos registrados também em Minas Gerais e em Mato Grosso.

Para Miziara, as ações devem ter como foco o controle do vetor e em métodos de diagnóstico para rápida identificação da dengue. Segundo ele, a secretaria tem oferecido apoio aos estados vizinhos, inclusive por meio de equipamentos e de pessoal.

Até o momento, o DF notificou 638 casos da doença, sendo 160 confirmados – um aumento de 55,3%. O governo alega, entretanto, que 90% dos casos são “importados” de cidades do Entorno, sobretudo Águas Lindas de Goiás (GO) e Santo Antônio do Descoberto (GO). Dois óbitos estão sendo investigados.


O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, garantiu que a pasta tem acompanhado todos os estados que registraram aumento de casos de dengue. Ele lembrou que, no final do ano passado, foram repassados R$ 172 milhões em recursos adicionais para a prevenção à doença. “Isso precisa ser associado a outras ações, como manutenção de ruas, de espaços públicos, coleta de lixo adequada, mobilização da população”, disse.

Sobre o aumento de casos de dengue tipo 4, ele avaliou que todos os vírus causam preocupação porque podem provocar a forma grave da doença. “Mas há uma preocupação adicional [em relação à dengue tipo 4] porque a maior parte da população não tem imunidade [nunca pegou o vírus e pode ser infectado]”, explicou. O ministério deve divulgar amanhã (15) um novo boletim epidemiológico da dengue no país. Os dados, segundo Giovanini, demonstram que o tipo 4 já circula em praticamente todo o Brasil.

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Brasília – Diante da epidemia de dengue registrada em municípios goianos, representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal se reuniram hoje (14) em Brasília com autoridades do estado vizinho na tentativa de controlar o aumento de casos da doença.

Nas cinco primeiras semanas de 2013, foram notificados 20.793 casos de dengue em Goiás – um aumento de 377% na comparação com o mesmo período do ano passado. A maioria deles foi registrada em Goiânia (11.604) e em Aparecida de Goiânia (1.752). Além disso, 17 óbitos estão sendo investigados.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Tânia da Silva Vaz, a parceria entre os dois governos é sólida, mas precisa ser reforçada para o enfrentamento do que considera uma epidemia já instalada.

A maior preocupação, segundo ela, é em relação ao aumento de casos de dengue tipo 4, que representam 49% dos sorotipos isolados no estado até o momento. Os 51% restantes são de dengue tipo 1. “Temos uma população inteira suscetível à dengue 4. Pessoas que já adoeceram podem adoecer novamente”, alertou.

O secretário adjunto de Saúde do DF, Elias Fernando Miziara, disse que o mosquito Aedes aegypti não reconhece divisas e que o risco de a epidemia se alastrar é grande, uma vez que há aumento de casos registrados também em Minas Gerais e em Mato Grosso.

Para Miziara, as ações devem ter como foco o controle do vetor e em métodos de diagnóstico para rápida identificação da dengue. Segundo ele, a secretaria tem oferecido apoio aos estados vizinhos, inclusive por meio de equipamentos e de pessoal.

Até o momento, o DF notificou 638 casos da doença, sendo 160 confirmados – um aumento de 55,3%. O governo alega, entretanto, que 90% dos casos são “importados” de cidades do Entorno, sobretudo Águas Lindas de Goiás (GO) e Santo Antônio do Descoberto (GO). Dois óbitos estão sendo investigados.


O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, garantiu que a pasta tem acompanhado todos os estados que registraram aumento de casos de dengue. Ele lembrou que, no final do ano passado, foram repassados R$ 172 milhões em recursos adicionais para a prevenção à doença. “Isso precisa ser associado a outras ações, como manutenção de ruas, de espaços públicos, coleta de lixo adequada, mobilização da população”, disse.

Sobre o aumento de casos de dengue tipo 4, ele avaliou que todos os vírus causam preocupação porque podem provocar a forma grave da doença. “Mas há uma preocupação adicional [em relação à dengue tipo 4] porque a maior parte da população não tem imunidade [nunca pegou o vírus e pode ser infectado]”, explicou. O ministério deve divulgar amanhã (15) um novo boletim epidemiológico da dengue no país. Os dados, segundo Giovanini, demonstram que o tipo 4 já circula em praticamente todo o Brasil.

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