Brasil

Aumento do compulsório já tirou R$ 78 bi da economia

A elevação promovida faz parte da estratégia do BC de combater a inflação

A autoridade monetária, na ocasião, elevou de 15% para 20% a alíquota do compulsório (Valter Campanato/ABr)

A autoridade monetária, na ocasião, elevou de 15% para 20% a alíquota do compulsório (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2011 às 10h00.

São Paulo - O aumento nas alíquotas de recolhimentos compulsórios dos bancos determinado pelo Banco Central em dezembro já retirou de circulação da economia brasileira um volume de quase R$ 78 bilhões. Segundo dados do próprio Banco Central, com a adoção das chamadas medidas macroprudenciais, o estoque de recursos que os bancos são obrigados a deixar parado junto à autoridade monetária cresceu R$ 77,64 bilhões em comparação com novembro, mês imediatamente anterior ao anúncio das medidas.

A elevação dos compulsórios dos bancos promovida no início de dezembro faz parte da estratégia do BC de combater a inflação usando menos o recurso da taxa de juros básica, a Selic, que é uma das maiores do mundo e onera a dívida pública. A autoridade monetária, na ocasião, elevou de 15% para 20% a alíquota do compulsório sobre depósitos à prazo (como CDBs) e de 8% para 12% na chamada exigência adicional, que incide sobre depósitos à prazo, à vista e poupança.

Quando anunciou as medidas, o BC estimava retirar de circulação cerca de R$ 61 bilhões. No entanto, o resultado efetivo superou a previsão: só no primeiro mês saíram da economia cerca de R$ 65 bilhões.

Agora, o estoque já encosta em R$ 78 bilhões acima da posição de novembro. É natural que com o passar do tempo o saldo de compulsórios cresça, diante do fato de que a economia se expande, gera mais empregos, renda e, consequentemente, dinheiro depositado nos bancos (que parcialmente terá de ser recolhido para o BC, sem poder se tornar crédito). Mas o crescimento do estoque até março é mais veloz do que indicaria o nível de atividade do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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