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Atrasos não afetarão presença do Brasil em Frankfurt

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirmou que Brasil está pronto para exercer papel de convidado de honra na Feira de Frankfurt, que começa semana que vem

A ministra da Cultura Marta Suplicy: "houve uma série de situações bastante desfavoráveis que nos deixaram bem preocupados. Mas viramos a página”, disse (Elza Fiúza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 13h37.

Rio de Janeiro – O Brasil está pronto para exercer seu papel de convidado de honra na Feira de Frankfurt , na Alemanha, que começa na semana que vem, disse hoje (2), a ministra da Cultura, Marta Suplicy . Os contratempos nos preparativos já foram sanados e tudo foi resolvido dentro do orçamento de R$ 18,9 milhões, garantiu ela, em coletiva à imprensa na Biblioteca Nacional, na capital fluminense. Marta informou que os atrasos se deveram a mudanças de cargos no Ministério da Cultura , no Itamaraty e na Biblioteca Nacional.

“Essas mudanças todas acarretaram confusão. Houve uma série de situações bastante desfavoráveis que nos deixaram bem preocupados. Mas viramos a página”, declarou. “Tivemos três licitações e obviamente ganharam os melhores preços. Conseguimos um hotel quatro estrelas em um lugar muito bom, melhor do que antevimos. Estamos respirando aliviados e está tudo sob controle”, disse Marta.

Segundo o ministério, houve atrasos na abertura de licitações, de responsabilidade do Itamaraty, para contratação de serviços de hospedagem para a delegação, de produção executiva e de assessoria de comunicação. Os três processos licitatórios foram abertos três semanas antes da data de início da feira.

Marta também comentou a matéria do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, publicada há cerca de um mês, na qual informou que apenas um negro faz parte da lista de 70 autores chamados para representar o Brasil na feira. A ministra explicou que a eleição dos autores teve que seguir critérios como autores de livros traduzidos ou em vias de serem traduzidos para o alemão ou outro idioma estrangeiro.

“O critério [de escolha] não foi étnico. É uma feira comercial, então temos que dar prioridade a quem vai poder se colocar lá. Autores consagrados e a nova produção literária brasileira ainda desconhecida na Europa e mesmo aqui, mas que são autores que as editoras investem por considerarem que são grandes talentos”, declarou a ministra.


Marta ressaltou que políticas públicas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e também as cotas vão possibilitar que, nas próximas gerações, o país tenha um número representativo de autores negros da sociedade brasileira. “Hoje, infelizmente, não temos isso, é uma realidade”.

O presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Renato Lessa, informou que mais de 200 obras foram traduzidas, como parte do Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior. Segundo ele, as traduções vão ajudar a ampliar a presença do livro brasileiro na feira. Lessa disse ainda que a Alemanha é o país que mais demanda bolsas de publicação desde 2010, seguida da Espanha, França, Itália e Argentina.

Desde 2010, foram criadas 422 bolsas de apoio à tradução de autores brasileiros no exterior e 110 obras foram publicadas na Alemanha, das quais 63% oriundas do programa da fundação, explicou ele. “Acho que esse interesse pela literatura brasileira, que já é grande, vai continuar a crescer, e o programa pode ajudar, pois é barato”, completou Lessa.

Considerado o maior evento mundial no mercado de livros, a Feira de Frankfurt vai reunir, entre os dias 9 e 13 deste mês, mais de 7 mil expositores de 100 países, com expectativa de receber mais de 250 mil visitantes. A participação brasileira no evento é organizada pelos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, a FBN, a Fundação Nacional de Artes (Funarte), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Câmara Brasileira do Livro (CBL). Essa é a segunda vez que o Brasil é homenageado na feira. A primeira foi em 1994.

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Rio de Janeiro – O Brasil está pronto para exercer seu papel de convidado de honra na Feira de Frankfurt , na Alemanha, que começa na semana que vem, disse hoje (2), a ministra da Cultura, Marta Suplicy . Os contratempos nos preparativos já foram sanados e tudo foi resolvido dentro do orçamento de R$ 18,9 milhões, garantiu ela, em coletiva à imprensa na Biblioteca Nacional, na capital fluminense. Marta informou que os atrasos se deveram a mudanças de cargos no Ministério da Cultura , no Itamaraty e na Biblioteca Nacional.

“Essas mudanças todas acarretaram confusão. Houve uma série de situações bastante desfavoráveis que nos deixaram bem preocupados. Mas viramos a página”, declarou. “Tivemos três licitações e obviamente ganharam os melhores preços. Conseguimos um hotel quatro estrelas em um lugar muito bom, melhor do que antevimos. Estamos respirando aliviados e está tudo sob controle”, disse Marta.

Segundo o ministério, houve atrasos na abertura de licitações, de responsabilidade do Itamaraty, para contratação de serviços de hospedagem para a delegação, de produção executiva e de assessoria de comunicação. Os três processos licitatórios foram abertos três semanas antes da data de início da feira.

Marta também comentou a matéria do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, publicada há cerca de um mês, na qual informou que apenas um negro faz parte da lista de 70 autores chamados para representar o Brasil na feira. A ministra explicou que a eleição dos autores teve que seguir critérios como autores de livros traduzidos ou em vias de serem traduzidos para o alemão ou outro idioma estrangeiro.

“O critério [de escolha] não foi étnico. É uma feira comercial, então temos que dar prioridade a quem vai poder se colocar lá. Autores consagrados e a nova produção literária brasileira ainda desconhecida na Europa e mesmo aqui, mas que são autores que as editoras investem por considerarem que são grandes talentos”, declarou a ministra.


Marta ressaltou que políticas públicas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e também as cotas vão possibilitar que, nas próximas gerações, o país tenha um número representativo de autores negros da sociedade brasileira. “Hoje, infelizmente, não temos isso, é uma realidade”.

O presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Renato Lessa, informou que mais de 200 obras foram traduzidas, como parte do Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior. Segundo ele, as traduções vão ajudar a ampliar a presença do livro brasileiro na feira. Lessa disse ainda que a Alemanha é o país que mais demanda bolsas de publicação desde 2010, seguida da Espanha, França, Itália e Argentina.

Desde 2010, foram criadas 422 bolsas de apoio à tradução de autores brasileiros no exterior e 110 obras foram publicadas na Alemanha, das quais 63% oriundas do programa da fundação, explicou ele. “Acho que esse interesse pela literatura brasileira, que já é grande, vai continuar a crescer, e o programa pode ajudar, pois é barato”, completou Lessa.

Considerado o maior evento mundial no mercado de livros, a Feira de Frankfurt vai reunir, entre os dias 9 e 13 deste mês, mais de 7 mil expositores de 100 países, com expectativa de receber mais de 250 mil visitantes. A participação brasileira no evento é organizada pelos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, a FBN, a Fundação Nacional de Artes (Funarte), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Câmara Brasileira do Livro (CBL). Essa é a segunda vez que o Brasil é homenageado na feira. A primeira foi em 1994.

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