Atos em SP contra Previdência fecham estradas e paralisam ônibus
Em São Paulo, durante a manhã, manifestantes da CUT e CTB fecharam trechos das rodovias Regis Bittencourt, no Km 274, e Dutra, no Km 214
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 12h28.
São Paulo - As principais centrais sindicais do País convocaram para esta segunda-feira, 19, um dia de paralisações em todo o País para protestar contra a reforma da Previdência .
Em São Paulo, durante a manhã, manifestantes da CUT e CTB fecharam trechos das rodovias Regis Bittencourt, no Km 274, e Dutra, no Km 214. Às 8h, a Polícia Militar liberou a pista.
Professores da rede municipal da capital paulista também aderiram à paralisação e algumas escolas estão sem aula nesta segunda.
Um protesto dos trabalhadores suspendeu a coleta de lixo em Sorocaba, no interior do Estado. A previsão é de que o serviço seja normalizado ainda pela manhã.
Os motoristas e cobradores de ônibus das cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e Guarulhos também protestaram contra a reforma da Previdência no início da manhã.
Em Santo André, o sindicato da categoria não deixou os ônibus municipais e intermunicipais saírem do Terminal Oeste. Às 7h30 acabou a paralisação e houve a liberação dos coletivos. Longas filas de ônibus se formaram nos terminais.
Em São Bernardo do Campo, os trólebus ficaram parados no terminal intermunicipal e os ônibus movidos à diesel fizeram trajetos alternativos. Em Guarulhos, 85 linhas intermunicipais não saíram da garagem. Ônibus voltaram a circular a partir das 7h30.
'Enterrar a reforma'
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as centrais definiram uma estratégia de intensificar as ações nas ruas e nas redes sociais. "Nossa luta é para enterrar de vez a reforma da Previdência", afirmou.
Logo no início da manhã, manifestantes da CTB, Intersindical e CPSConlutas ocuparam o saguão principal do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. Durante o protesto, o presidente da CTB, Adilson Araújo, condenou o governo, que, segundo a central, quer aprovar a toque de caixa uma Previdência "regressiva", que penalizará o trabalhador mais pobre.
"Essa paralisação tem o intuito de levar ao conhecimento da população o intento dessa agenda ultralibertal do governo", afirmou.