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Ato no Rio por julgamento do Mensalão simula cadeia

Movimento para recolher assinaturas conseguiu que apenas 19.323 pessoas assinassem petição colocada na internet até domingo

Joaquim Barbosa, relator do Mensalão (Ana Araújo/Veja)

Joaquim Barbosa, relator do Mensalão (Ana Araújo/Veja)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 17h22.

Rio de Janeiro - Um dos fundadores do Movimento 31 de Julho, que recolhe assinaturas pelo início do julgamento do "Mensalão" no Supremo Tribunal Federal (STF), o engenheiro e empresário Marcelo Medeiros disse neste domingo que a baixa adesão ao documento não desapontou o grupo.

Até a tarde de domingo, 19.323 pessoas tinham aderido à petição colocada na internet. Segundo Medeiros, outras 15 mil assinaturas foram recolhidas em folhas de papel durante manifestações realizadas pelo país.

O grupo voltou a se reunir neste domingo em frente ao posto 9, na Praia de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Segundo Medeiros, foram recolhidas cerca de 1.200 assinaturas no local. "Eu gostaria que fossem 1 milhão de pessoas. Teria um peso maior. Mas não desapontou. É o número possível. A repercussão mostra que foi um ato de cidadania muito forte", disse ele.

O grupo levou tubos de PVC para simular as grades de uma cadeia e pedir a prisão principalmente de políticos acusados de envolvimento no "Mensalão". A CPI do Cachoeira foi pouco mencionada. Um carro de som tocou músicas de Geraldo Vandré e o Hino Nacional cantado por Fafá de Belém.

De cima do automóvel, Medeiros e outros integrantes do grupo criticaram o ex-ministro petista José Dirceu e cobraram do governador Sérgio Cabral (PMDB) "explicações sobre quem pagou a farra parisiense", em referência às fotos recentemente divulgadas de viagem de Cabral à capital francesa, e sobre o que chamaram de "irmandade do governador com o empresário Fernando Cavendish (controlador afastado da presidência da Delta Construções)".

A Delta é suspeita de envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para corromper agentes públicos e superfaturar obras, entre outros crimes.

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