Atleta acusado de abuso sexual está abalado, diz advogado
Advogado diz que Thye Mattos Ventura Bezerra, goleiro da seleção masculina de polo aquático, se declara inocente
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2015 às 16h25.
Rio - À frente da defesa do atleta Thyê Mattos, acusado de abuso sexual no Canadá , o advogado Marcelo Franklin espera ter acesso nos próximos dias à investigação aberta pela polícia local contra o goleiro da seleção masculina de polo aquático. Obter informações precisas sobre as acusações e eventuais provas apresentadas pela jovem canadense contra seu cliente é fundamental para estabelecer a estratégia de defesa do brasileiro.
"O atleta se declara inocente e sem conhecer o processo e as provas não há porque alguém acreditar no contrário", diz Franklin. O advogado conta que só conversou com Thyê por telefone da Rússia, para onde o atleta seguiu após os Jogos Pan Americanos de Toronto para participar do Mundial de Esportes Aquáticos. Após o episódio vir à tona ele acabou desligado da competição, mas Franklin não confirma se já está no Brasil.
"O que posso dizer é que ele está muito abalado, mas confiante de que vai conseguir provar que não praticou nenhum ato ilícito", afirma o advogado esportivo contratado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
No sábado, a CBDA divulgou uma nota oficial em que destaca que tanto pela legislação brasileira quanto pela canadense, todos são presumidos inocentes até prova em contrário. A entidade diz que só foi informada das acusações verbalmente pelo Comitê Olímpico Brasileiro ( COB ) e depois pela imprensa. Não houve comunicação oficial das autoridades canadenses.
O advogado de Thyê frisa que o crime de abuso sexual no Canadá tem uma definição muito abrangente, englobando desde um abraço não consentido até o estupro. Em função disso, as penas podem passar por medidas sócio-educativas, multa e até prisão por até dez anos. "Pode ser uma acusação muito séria ou algo banal. O que quero é saber onde estamos pisando para depois tomar um posicionamento correto. Seria leviano fazer um prognóstico antes de conhecer os fatos", afirma.
Embora reconheça que a polícia de Toronto agiu dentro da legislação canadense ao divulgar a identidade do brasileiro e mesmo ao pedir sua prisão, o advogado considera que isso gerou uma exposição excessiva da imagem de seu cliente. "Para a opinião pública mundial ele foi considerado culpado antes de ter a oportunidade de se defender", critica.
O advogado descarta a possibilidade de Thyê Mattos ser preso agora, já que o Brasil não tem tratado bilateral de extradição com o Canadá. Em princípio Franklin não irá ao país e aguardará as informações de advogados contatados em Toronto, que deverão atuar em parceria com o brasileiro no caso.
Rio - À frente da defesa do atleta Thyê Mattos, acusado de abuso sexual no Canadá , o advogado Marcelo Franklin espera ter acesso nos próximos dias à investigação aberta pela polícia local contra o goleiro da seleção masculina de polo aquático. Obter informações precisas sobre as acusações e eventuais provas apresentadas pela jovem canadense contra seu cliente é fundamental para estabelecer a estratégia de defesa do brasileiro.
"O atleta se declara inocente e sem conhecer o processo e as provas não há porque alguém acreditar no contrário", diz Franklin. O advogado conta que só conversou com Thyê por telefone da Rússia, para onde o atleta seguiu após os Jogos Pan Americanos de Toronto para participar do Mundial de Esportes Aquáticos. Após o episódio vir à tona ele acabou desligado da competição, mas Franklin não confirma se já está no Brasil.
"O que posso dizer é que ele está muito abalado, mas confiante de que vai conseguir provar que não praticou nenhum ato ilícito", afirma o advogado esportivo contratado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
No sábado, a CBDA divulgou uma nota oficial em que destaca que tanto pela legislação brasileira quanto pela canadense, todos são presumidos inocentes até prova em contrário. A entidade diz que só foi informada das acusações verbalmente pelo Comitê Olímpico Brasileiro ( COB ) e depois pela imprensa. Não houve comunicação oficial das autoridades canadenses.
O advogado de Thyê frisa que o crime de abuso sexual no Canadá tem uma definição muito abrangente, englobando desde um abraço não consentido até o estupro. Em função disso, as penas podem passar por medidas sócio-educativas, multa e até prisão por até dez anos. "Pode ser uma acusação muito séria ou algo banal. O que quero é saber onde estamos pisando para depois tomar um posicionamento correto. Seria leviano fazer um prognóstico antes de conhecer os fatos", afirma.
Embora reconheça que a polícia de Toronto agiu dentro da legislação canadense ao divulgar a identidade do brasileiro e mesmo ao pedir sua prisão, o advogado considera que isso gerou uma exposição excessiva da imagem de seu cliente. "Para a opinião pública mundial ele foi considerado culpado antes de ter a oportunidade de se defender", critica.
O advogado descarta a possibilidade de Thyê Mattos ser preso agora, já que o Brasil não tem tratado bilateral de extradição com o Canadá. Em princípio Franklin não irá ao país e aguardará as informações de advogados contatados em Toronto, que deverão atuar em parceria com o brasileiro no caso.