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Atirador de escolas no Espírito Santo responderá por homicídio qualificado

Adolescente abriu fogo contra duas escolas no Espírito Santo na sexta-feira, 25

Polícia Civil (foto de arquivo): adolescente deixou ao menos três mortos (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Polícia Civil (foto de arquivo): adolescente deixou ao menos três mortos (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de novembro de 2022 às 15h49.

Última atualização em 26 de novembro de 2022 às 15h59.

A Polícia Civil do Espírito Santo anunciou que o jovem de 16 anos responsável pelo ataque contra duas escolas na cidade de Aracruz, na sexta feira, 25, deverá responder por ato infracional correspondente aos crimes de 10 tentativas de homicídio qualificada e três homicídios qualificados, todos com o agravante de por motivo fútil e com impossibilidade de defesa da vítima.

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Ainda de acordo com a polícia, ele foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo, em Cariacica, na Grande Vitória. As armas apreendidas foram encaminhadas para o setor do Departamento de Criminalística, juntamente com as munições.

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Segundo a apuração da Polícia Civil do Estado, o autor do ataque a duas escolas usou a arma do pai, um policial militar, na ação que deixou duas professoras e uma aluna de 12 anos mortas. Em entrevista, o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou que a família estava chocada com as atitudes do atirador e colaborou para garantir a apreensão dele depois da chegada da polícia.

"Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores", afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Vítimas seguem em estado grave

A Secretaria da Saúde do Espírito Santo divulgou nota oficial sobre os quadros de saúde dos sobreviventes do ataque. Três mulheres, com idades de 52, 45 e 38 anos, passaram por cirurgias e seguem em UTI em estado grave no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, no município de Serra, próximo a capital Vitória.

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Uma quarta mulher, de 58 anos, passou por cirurgia no Hospital Estadual de Urgência Emergência da capital do estado e permanece estável.

Dois adolescentes seguem internados na UTI do Hospital Estadual N.Sra. da Glória, também na capital. Um garoto de 11 anos passou por cirurgia e uma garota de 14 anos segue entubada e em estado grave, ambos em estado grave.

O ataque

Eram cerca de 9h30 quando o atirador chegou na primeira escola, de ensino fundamental. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele usava uma roupa camuflada, um capuz e uma máscara de caveira. Armado com uma pistola, ele tinha carregadores de munição e, ao invadir a escola, chegou primeiro na sala dos professores, onde começou a atirar. Duas professoras morreram no local.

Pouco depois, o atirador entrou em um Renault Duster dourado e foi para a segunda escola, particular. No local, ele se dirigiu ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Uma estudante de 12 anos morreu.

Depois da identificação do proprietário do carro , a polícia seguiu para a casa do adolescente, que confessou o crime à Polícia Civil, e entregou todos os itens usados nos ataques, como a roupa camuflada com uma suástica nazista que vestia, além das armas. “Ele tinha uma pistola .40 do Estado, da Polícia Militar, que era do pai, e um revólver 38 particular, além de três carregadores”, disse Renato Casagrande em entrevista sobre o caso.

O adolescente tem 16 anos e estudou até junho deste ano no primeiro colégio a ser invadido, a Escola Estadual Primo Bitti, que fica no bairro Coqueiral e distante cerca de um quilômetro do Centro Educacional Praia de Coqueiral, a outra unidade escolar atingida.

Segundo a polícia, ele ainda revelou que planejava o ataque havia dois anos, mas alegou não revelou ter qualquer motivação específica para a ação.

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