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Até onde Bolsonaro pode ir?

O deputado Jair Bolsonaro, enfim, foi traído pela língua. Por falar que a deputada Maria do Rosário não merecia ser estuprada, ele virou réu no Supremo Tribunal Federal. Até então, sempre que se metia em polêmicas Bolsonaro subia nas pesquisas de intenção de voto a presidente. Em abril, segundo o Ibope, chegou a 8%. Em […]

BOLSONARO: ele chegou a ter 8% das intenções de voto em recentes pesquisas presidenciais  / Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

BOLSONARO: ele chegou a ter 8% das intenções de voto em recentes pesquisas presidenciais / Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 06h27.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h17.

O deputado Jair Bolsonaro, enfim, foi traído pela língua. Por falar que a deputada Maria do Rosário não merecia ser estuprada, ele virou réu no Supremo Tribunal Federal. Até então, sempre que se metia em polêmicas Bolsonaro subia nas pesquisas de intenção de voto a presidente. Em abril, segundo o Ibope, chegou a 8%. Em junho, segundo a CNT/MDA, estacionou em 6%.

Crises políticas e econômicas funcionam como propulsoras de candidatos radicais e aventureiros. Esse processo acontece em todo o mundo: Donald Trump, nos Estados Unidos, tem 39% das intenções de votos. Na Itália, Virginia Raggi do partido MS5, surgido para renovar a política tradicional, foi a primeira mulher a ser eleita para comandar Roma. Na Áustria, o candidato de extrema direita não venceu por 50.000 votos.

O italiano Silvo Berlusconi é usado por Bolsonaro para convencer interlocutores da viabilidade de sua candidatura. Apontado como um resultado negativo da operação Mãos Limpas, Berlusconi fez plataforma ao dizer que derrotara os comunistas, em 1994. Foi primeiro-ministro três vezes. Em 2013, disse que a primeira-ministra alemã Angela Merkel era “uma gorda com quem não teria relações sexuais”. Coincidência? Em 2015, foi condenado por corrupção.

A polêmica desta semana reacendeu uma questão: até onde os Bolsonaros da vida podem ir na próxima campanha presidencial em 2018? Especialistas apontam que existe um teto para a votação do deputado, mas seu crescimento pode causar danos em outras candidaturas. O enfraquecimento de PT e PSDB abrirá um vácuo para novos rostos. Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, também vem despontando nas pesquisas. Seu estilo sem “papas na língua”, por enquanto, tem ajudado. A história mostra que aventureiros podem, sim, chegar lá. O último deles foi Fernando Collor.

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