Brasil

Ataques a Serra marcam entrada de Marta na campanha

A primeira etapa da ofensiva para tirar Haddad das cordas começou a ser posta em prática nesta terça, com ataques de Marta na direção do tucano


	Ex-presidente Lula recebeu Marta Suplicy, que vai apoiar Haddad em São Paulo: primeiros ataques à Serra na TV
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Ex-presidente Lula recebeu Marta Suplicy, que vai apoiar Haddad em São Paulo: primeiros ataques à Serra na TV (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 21h26.

Brasília - A senadora Marta Suplicy (PT-SP) tem agora duas missões na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo: bombardear a candidatura de José Serra (PSDB) e reconquistar redutos petistas da periferia "invadidos" por Celso Russomanno (PRB). A primeira etapa da ofensiva para tirar Haddad das cordas começou a ser posta em prática nesta terça, com ataques de Marta na direção do tucano.

"Atrelar a palavra mensaleiro ao bilhete mensal é de uma apelação ridícula", disse a senadora ao Grupo Estado, numa referência ao programa de rádio de Serra, que batizou de "bilhete mensaleiro" a proposta de Haddad para ampliar o Bilhete Único no transporte coletivo. "Todas as pessoas que viajam, inclusive Serra, sabem muito bem que bilhete mensal é comum em muitas cidades, como Washington ou Londres."

Nove meses após se ausentar da campanha de Haddad, Marta decidiu pedir votos para o petista depois de conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a presidente Dilma Rousseff. Agora, a estratégia consiste em fazer com que ela adote um clima de "revanche" contra Serra, atuando como contraponto ao tucano até mesmo nas redes sociais.


Ao falar de Serra no twitter, nesta terça, Marta disse que ele "mente, desinforma, tenta confundir o eleitor" e "(...) encobrir o desastre que foram os oito anos de gestão tucana na cidade". Sempre que possível, a senadora vai comparar a administração dela à frente da Prefeitura de São Paulo (2000 a 2004) com a de Serra (2005 a 2006) e a do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD). Em 2004, Marta foi derrotada por Serra e, em 2008, por Kassab - o que provocaria o espírito de "revanche" alimentado pelos petistas.

"Serra tenta desconstruir o esforço hercúleo que a administração do PT fez para extinguir o PAS e implantar o SUS em São Paulo", afirmou a senadora. "É de extrema má fé ignorar isso, assim como se apropriar do hospital de Cidade Tiradentes e do de M' Boi Mirim, que deixamos pronto para a construção".

Encravado na Zona Leste, Cidade Tiradentes sempre foi considerado um reduto do PT, mas Russomanno está conquistando a região. É aí que Lula e Marta entrarão. Para tanto, o comando da campanha de Haddad já programa uma série de comícios ali.

Na eleição de 2008, Marta teve 68,82% dos votos válidos em Cidade Tiradentes, enquanto Kassab - eleito prefeito naquele ano - ficou com 31,18% no mesmo bairro. "Os eleitores reconhecem iniciativas como o CEU (Centro Educacional Unificado), o hospital e a Escola Técnica de Saúde Pública de Cidade Tiradentes, que Serra desvirtuou", insistiu a senadora.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasJosé SerraMarta SuplicyMetrópoles globaisPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirossao-paulo

Mais de Brasil

Tarifa de ônibus em SP deve ficar entre R$ 5 e R$ 5,20, informa SPTrans

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas