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Assassinato de Marielle coloca Brasil sob pressão internacional

Após a morte da vereadora do PSOL, o país foi apontado como o local com maior número de execuções de ativistas de direitos humanos

Marielle: autoridades brasileiras ignoraram comunicados sigilosos da ONU sobre ameaças contra ao menos 17 ativistas (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2018 às 12h23.

Genebra - A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) coloca o Brasil sob pressão na Organização das Nações Unidas (ONU) e diante da comunidade internacional, após ser apontado como o local com maior número de execuções de ativistas de direitos humanos.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que autoridades brasileiras ignoraram comunicados sigilosos da ONU sobre ameaças contra ao menos 17 ativistas.

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As informações fazem parte de cartas confidenciais obtidas pelo jornal. Nenhuma foi respondida. Procurado pela reportagem, o Itamaraty não se manifestou.

"Nos últimos 15 anos, o Brasil tem assistido ao maior número de assassinatos de ativistas ambientais e de terra em todo o mundo, chegando à média de uma morte por semana. Os povos indígenas estão especialmente ameaçados", denunciaram relatores das Nações Unidas em uma carta em 2017.

Agora, a ONU exige que investigações sejam "independentes e rigorosas". Outras entidades internacionais, como Anistia Internacional, Human Rights Watch e Transparência Internacional, também criticaram a situação no País e pediram respostas diante da execução.

Europa

Houve ainda reação na Europa. O partido espanhol Podemos enviou carta à Comissão Europeia exigindo que bloco condene o crime e suspenda as negociações comerciais em torno do acordo de livre comércio entre Europa e Mercosul.

O pedido também foi feito por outros grupos do Parlamento Europeu, em especial a aliança de 52 euro deputados que integram a Esquerda Europeia Unida.

Imprensa

Diversos veículos de comunicação internacionais repercutiram o assassinato de Marielle. Jornais como "The Guardian" (Inglaterra), "The New York Times" (Estados Unidos) e "Le Monde" (França) reproduziram em seus sites informações sobre o crime.

A agência espanhola EFE ainda lembrou da intervenção do Exército na segurança pública do Rio de Janeiro e destacou que o ataque aconteceu um dia depois da vereadora voltar a criticar a intervenção federal em mensagem nas redes sociais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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