As polêmicas que a Parada Gay já levou para a rua no Brasil
Sexo oral com música gospel, santos sarados e catedral gay: veja outras polêmicas que a Parada Gay já gerou com grupos religiosos no Brasil
Mariana Desidério
Publicado em 10 de junho de 2015 às 12h43.
São Paulo – A 19ª Parada Gay de São Paulo gerou polêmica depois que uma manifestante transexual se fantasiou de Jesus crucificado. A performance foi considerada uma ofensa por religiosos, como o pastor evangélico Marco Feliciano, que classificou a manifestação de “cristofobia”.
Esta não foi a primeira polêmica envolvendo grupos religiosos e a Parada Gay no Brasil. Fantasias, cartazes e músicas já renderam muita discussão em anos anteriores, do Norte ao Sul do país. Veja a seguir quatro polêmicas que a Parada Gay já levou para as ruas.
Sexo oral e música gospel
Em 2011, a Parada Gay do Acre chocou grupos evangélicos e gerou debate na Assembleia Legislativa do estado. Isso porque dois participantes da Parada resolveram simular uma cena de sexo oral em plena rua, usando um pênis de borracha.
Detalhe: a cena teria acontecido enquanto o carro de som tocava um hino evangélico intitulado “Faz um milagre em mim”.
Deputados da bancada evangélica questionaram o uso de dinheiro público no evento, enquanto grupos LGBT disseram que a cena foi usada como pretexto para homofobia.
Santos sarados
Também em 2011, a Parada Gay de São Paulo levou para as ruas uma campanha publicitária curiosa. Cartazes distribuídos por toda a avenida Paulista levavam imagens de modelos sarados e seminus representando santos como São Sebastião e São João Batista.
O material fazia parte de uma campanha pelo uso de preservativos e trazia frases como “Nem santo protege” e “Use camisinha”.
A ação foi considerada “infeliz, debochada e desrespeitosa” pelo arcebispo de São Paulo, o cardeal d. Odilo Pedro Scherer.
Catedral gay
Outra polêmica envolvendo os católicos: em 2012, um cartaz de divulgação da 1º Parada Gay de Maringá, no Paraná, revoltou a igreja.
No cartaz, a organização da Parada decidiu usar uma foto da catedral da cidade. A imagem mostrava um arco-íris, símbolo LGBT, rompendo a principal torre da catedral.
A mensagem foi considerada agressiva e criticada pelo arcebispo local, dom Anuar Battisti. Os organizadores do evento disseram que a intenção não era ofender, mas sim chamar a sociedade para o diálogo.
Trans crucificada
A polêmica da Parada Gay deste ano está viva na memória de todos. A modelo transexual Viviany Beleboni decidiu se fantasiar de Jesus crucificado. Com os peitos de fora e o corpo coberto de sangue falso, Viviany trazia acima da cabeça a mensagem: “Basta de homofobia com GLBT”.
A performance foi considerada ofensiva por religiosos. Evangélico, o deputado Rogério Rosso, do PSD, chegou a apresentar um projeto que transforma a “cristofobia” em crime hediondo.
Na internet, o pastor e também deputado federal Marco Feliciano (PSC) publicou um vídeo chamando as lideranças religiosas a se posicionarem contra o ato e a denunciarem o caso como crime.
A modelo afirmou que sua intenção não foi ofender a fé cristã, mas sim denunciar a violência sofrida pelo público GLS. “Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente do meio GLS, mas com isso ninguém se choca”, disse ao G1.
São Paulo – A 19ª Parada Gay de São Paulo gerou polêmica depois que uma manifestante transexual se fantasiou de Jesus crucificado. A performance foi considerada uma ofensa por religiosos, como o pastor evangélico Marco Feliciano, que classificou a manifestação de “cristofobia”.
Esta não foi a primeira polêmica envolvendo grupos religiosos e a Parada Gay no Brasil. Fantasias, cartazes e músicas já renderam muita discussão em anos anteriores, do Norte ao Sul do país. Veja a seguir quatro polêmicas que a Parada Gay já levou para as ruas.
Sexo oral e música gospel
Em 2011, a Parada Gay do Acre chocou grupos evangélicos e gerou debate na Assembleia Legislativa do estado. Isso porque dois participantes da Parada resolveram simular uma cena de sexo oral em plena rua, usando um pênis de borracha.
Detalhe: a cena teria acontecido enquanto o carro de som tocava um hino evangélico intitulado “Faz um milagre em mim”.
Deputados da bancada evangélica questionaram o uso de dinheiro público no evento, enquanto grupos LGBT disseram que a cena foi usada como pretexto para homofobia.
Santos sarados
Também em 2011, a Parada Gay de São Paulo levou para as ruas uma campanha publicitária curiosa. Cartazes distribuídos por toda a avenida Paulista levavam imagens de modelos sarados e seminus representando santos como São Sebastião e São João Batista.
O material fazia parte de uma campanha pelo uso de preservativos e trazia frases como “Nem santo protege” e “Use camisinha”.
A ação foi considerada “infeliz, debochada e desrespeitosa” pelo arcebispo de São Paulo, o cardeal d. Odilo Pedro Scherer.
Catedral gay
Outra polêmica envolvendo os católicos: em 2012, um cartaz de divulgação da 1º Parada Gay de Maringá, no Paraná, revoltou a igreja.
No cartaz, a organização da Parada decidiu usar uma foto da catedral da cidade. A imagem mostrava um arco-íris, símbolo LGBT, rompendo a principal torre da catedral.
A mensagem foi considerada agressiva e criticada pelo arcebispo local, dom Anuar Battisti. Os organizadores do evento disseram que a intenção não era ofender, mas sim chamar a sociedade para o diálogo.
Trans crucificada
A polêmica da Parada Gay deste ano está viva na memória de todos. A modelo transexual Viviany Beleboni decidiu se fantasiar de Jesus crucificado. Com os peitos de fora e o corpo coberto de sangue falso, Viviany trazia acima da cabeça a mensagem: “Basta de homofobia com GLBT”.
A performance foi considerada ofensiva por religiosos. Evangélico, o deputado Rogério Rosso, do PSD, chegou a apresentar um projeto que transforma a “cristofobia” em crime hediondo.
Na internet, o pastor e também deputado federal Marco Feliciano (PSC) publicou um vídeo chamando as lideranças religiosas a se posicionarem contra o ato e a denunciarem o caso como crime.
A modelo afirmou que sua intenção não foi ofender a fé cristã, mas sim denunciar a violência sofrida pelo público GLS. “Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente do meio GLS, mas com isso ninguém se choca”, disse ao G1.