Lula: especialistas dentro do próprio partido que se acotovelam para aconselhar o ex-presidente em assuntos como o teto de gastos, o futuro da Petrobras ou as reformas tributária e trabalhista (Victor Moriyama/Bloomberg)
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Publicado em 21 de abril de 2022 às 16h32.
Por Martha Beck, da Bloomberg
A decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de centralizar sua campanha e postergar a apresentação de um programa de governo tem criado dificuldades no diálogo com economistas de fora do PT. Já há uma longa lista de especialistas dentro do próprio partido que se acotovelam para aconselhar o ex-presidente em assuntos como o teto de gastos, o futuro da Petrobras ou as reformas tributária e trabalhista.
Neste cenário, abrir espaço para ouvir outros nomes que venham junto da frente ampla que apoia a candidatura de Lula, especialmente aqueles ligados ao ex-governador Geraldo Alckmin, se tornou algo complexo. Segundo um desses economistas, o debate neste momento dentro do PT está excessivamente superficial, com muitas linhas mestras, mas poucas propostas concretas sobre como enfrentar os problemas.
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Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha dado a seus ministros o sinal verde para conceder um reajuste de 5% ao funcionalismo público a partir de julho, os técnicos da equipe econômica não cravam que essa será mesmo a decisão final sobre o tema. Segundo um integrante da Economia, o assunto tem feito tantas idas e vindas, que até que a decisão esteja publicada, ninguém pode acreditar nela.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou publicamente que a equipe de Lula estaria fazendo campanha junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra a capitalização da Eletrobras. No entanto, segundo integrantes da corte, os ministros também receberam ligações da turma de Paulo Guedes para pressionar a favor da operação, afirmando que a corte de contas faria um enorme estrago na economia e no futuro da empresa se não desse logo o sinal verde para a operação.