As 11 cidades brasileiras que dão um show em educação
Apesar do bom desempenho de algumas cidades, a média nacional teve o pior crescimento no índice FIRJAM de desenvolvimento em dez anos
Valéria Bretas
Publicado em 31 de julho de 2018 às 12h23.
Última atualização em 31 de julho de 2018 às 16h41.
São Paulo – Das 5,5 mil cidades brasileiras , onze têm algo em comum: excelentes indicadores em educação .
O resultado é do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que analisou o desempenho dos municípios, em 2016, em indicadores como atendimento à educação infantil, percentual de docentes com ensino superior no ensino fundamental (EF), taxa de distorção idade-série e posição dos alunos noÍndice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
A nota varia de 0 pontos a 1: quanto maior o número, melhor é o desempenho da cidade.
Com nota máxima no setor, dividem o pódio 11 municípios paulistas: Marília, Taguaí, Gabriel Monteiro, Birigui, Santa Fé do Sul, Sebastianópolis do Sul, Fartura, Junqueirópolis, Aspásia, Santa Salete e Nova Guataporanga.
Apesar do resultado exemplar no levantamento, é importante ressaltar que apenas duas entre as melhores têm mais de cem mil habitantes – Marília, com 235,2 mil, e Birigui, com 120,6 mil moradores. As nove restantes têm entre 1,5 mil e 31 mil habitantes.
Já a nota média do Brasil no índice de 2016 foi de 0,7689, uma leve evolução de 0,6% em relação ao ano anterior – ainda assim, o resultado cravou o pior crescimento em dez anos.
Além disso, os indicadores de educação mostram que o país está longe de atingir as metas definidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Uma das metas do Ministério para nortear o planejamento do setor, por exemplo, era universalizar a educação infantil na pré-escola até 2016. No entanto, o país alcançou apenas 80,4% no atendimento.
Na avaliação da FIRJAN, apesar de a crise econômica ter impactado nos indicadores, a falta de recursos não foi um problema. "A principal barreira para o desenvolvimento dos municípios é a gestão mais eficiente dos recursos. Sem dúvidas, essas são questões a serem enfrentadas pelos próximos governantes que serão eleitos em 2018", destaca o relatório.
Veja o desempenho das cidades referência em educação no Brasil:
Cidade | Nota em educação | Taxa de Atendimento à Educação Infantil | Distorção idade-série no ensino fundamental (EF)(%) | Porcentagem de docentes com curso superior no EF (%) | Média de Horas-aula diária no EF | Taxa de Abandono no EF (%) | IDEB EF (0-10 pontos) | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Aspásia (SP) | 1,0000 | 82,5% | 3,0 | 95,5 | 7,7 | 0,0 | 6,1 | |
Birigui (SP) | 1,0000 | 71,5% | 3,4 | 96,1 | 5,5 | 0,2 | 6,3 | |
Fartura (SP) | 1,0000 | 73,3% | 3,8 | 94,1 | 5,1 | 0,4 | 6,5 | |
Gabriel Monteiro (SP) | 1,0000 | 92,6% | 4,9 | 96,2 | 6,4 | 0,0 | 6,3 | |
Junqueirópolis (SP) | 1,0000 | 77,4% | 2,8 | 99,2 | 6,1 | 0,0 | 6,7 | |
Marília (SP) | 1,0000 | 71,7% | 3,5 | 94,1 | 5,4 | 0,1 | 6,0 | |
Nova Guataporanga (SP) | 1,0000 | 70,1% | 4,4 | 90,9 | 5,1 | 0,0 | 6,1 | |
Santa Fé do Sul (SP) | 1,0000 | 84,2% | 3,6 | 96,0 | 5,4 | 0,0 | 6,2 | |
Santa Salete (SP) | 1,0000 | 98,8% | 2,0 | 94,1 | 5,0 | 0,0 | 6,4 | |
Sebastianópolis do Sul (SP) | 1,0000 | 71,6% | 4,7 | 92,9 | 5,1 | 0,0 | 6,8 | |
Taguaí (SP) | 1,0000 | 72,6% | 3,9 | 93,2 | 5,9 | 0,1 | 6,3 |