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Ar seco mantém níveis de reservatórios de SP em baixa

Os seis sistemas de captação e tratamento de água para abastecimento administrados pela Sabesp continuam com queda gradual nos níveis dos reservatórios


	Seca na Cantareira, em SP: estiagem tem castigado principalmente os mananciais da Cantareira e do Alto Tietê
 (Divulgação/Sabesp)

Seca na Cantareira, em SP: estiagem tem castigado principalmente os mananciais da Cantareira e do Alto Tietê (Divulgação/Sabesp)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 13h04.

São Paulo - Com o clima seco dos últimos dias, os seis sistemas de captação e tratamento de água para abastecimento administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) continuam com queda gradual nos níveis dos reservatórios.

Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), o mês de novembro, que começa sábado (1º), deve ter ocorrência de chuvas mais regulares.

A estiagem tem castigado, principalmente, os mananciais da Cantareira e do Alto Tietê.

Nesse último, de onde é retirada a água para fornecer a 4,5 milhões de pessoas, o volume em operação hoje (30) atingiu 7% , ou 0,2 ponto percentual abaixo da medição feita ontem (29).

Faltando apenas um dia para encerrar o mês, o acumulado de chuva nesse sistema é 20,1 milímetros, ante a média histórica de 117,1 milímetros.

No Cantareira, o maior deles e que abastece uma população estimada em 6,5 milhões, o nível caiu de 12,7% ontem (29) para 12,6% hoje (30).

Essa marca inclui as duas reservas técnicas disponíveis, ou seja, o volume de água que fica abaixo da captação por gravidade.

A primeira começou a ser bombeada no último dia 16 de maio, e nesta quinta-feira ainda podiam ser retirados dela 20 bilhões de litros.

Da última sexta-feira (24) até hoje (29), foram gastos 8 bilhões de litros.

Segundo a Sabesp, a segunda cota incorporou ao sistema 105 bilhões de litros, que serão utilizados apenas quando se esgotar o volume da primeira cota.

A volta da chuva sobre as nascentes do Cantareira, por enquanto, tem sido insuficiente para garantir a reposição da água perdida desde o último verão.

No Sistema Guarapiranga, choveu neste mês 15,4 milímetros, quantidade muito inferior aos 116,9 milímetros da média histórica.

O nível de operação baixou de 40,5% para 40,1% de ontem (29) para hoje (30).

Na mesma base de comparação, o nível do Sistema Alto Cotia caiu de 30,6% para 30,3%, com o acumulado de chuva em 61 milímetros, quase a metade da média histórica (118,1 milímetros).

No Sistema Rio Grande, o nível passou de 69,8% para 69,4% e o volume de chuva atingiu 17,6 milímetros, ante 138,4 milímetros da média histórica. No sistema Rio Claro, o nível baixou de 45% para 44,2%.

Nesse manancial, houve mais abundância de chuva do que nos outros seis, com 107,2 milímetros, ainda assim inferior à média (179,2 milímetros).

De acordo com o meteorologista Fábio Rocha, do Cptec, a chegada de umidade procedente da região amazônica e o encontro com o ar quente pode provocar pancadas de chuva com certa intensidade no próximo fim de semana no estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, região onde estão localizadas algumas das nascentes que alimentam o Cantareira.

O meteorologista adverte, porém, que “serão pancadas de curta duração e que podem ser localizadas”.

Ele informou que essas áreas de instabilidade se prolongarão até quarta-feira (5), quando está prevista a entrada de nova frente fria, cujos efeitos ainda não se pode prever.

O Instituto Nacional de Meteorologia informou que, de amanhã (31) a terça-feira (4) , o tempo deve ficar abafado, com pancadas de chuva e trovoadas, especialmente no período da tarde.

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