Mão e papel em braile: segundo a relatora do projeto, a regulamentação dos revisores e transcritores desse tido de leitura vai estimular a profissionalização (Julia Freeman-Woolpert/StockXchng/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2013 às 11h43.
Brasília - O Senado deu um passo hoje (22) para regulamentar as profissões de transcritores e revisores de textos em braile – sistema de escrita em relevo que permite o acesso de deficientes visuais e auditivo à leitura e à comunicação.
Projeto de lei que prevê a medida foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais e agora será remetido à apreciação da Câmara dos Deputados.
“Os livros sonoros e a informática são importantes, mas não substituem o sistema braile tradicional, que é um modelo lógico, simples e polivalente, adaptável a todas as línguas e a todas as espécies de grafia”, destacou a relatora Angela Portela (PT-RR).
O Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que havia 45,6 milhões de pessoas com deficiências visual, auditiva, motora e mental – o que representa 23,9% da população.
Para ela, a regulamentação dos revisores e transcritores desse tido de leitura vai estimular a profissionalização.
“Em última instância, o conhecimento e a cidadania das pessoas com deficiência visual estão diretamente vinculados aos produtos culturais colocados à disposição com o uso da técnica.”