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Após Twitter, Facebook remove vídeo de Bolsonaro sobre coronavírus

Conteúdos foram tirados do ar, diz rede social, porque violam padrões de Comunidade "que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas"

Bolsonaro: presidente teve publicações apagadas do Facebook e do Instagram (Ueslei Marcelino/Reuters)

Bolsonaro: presidente teve publicações apagadas do Facebook e do Instagram (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 30 de março de 2020 às 19h56.

Última atualização em 30 de março de 2020 às 19h59.

Depois do Twitter, o Facebook também retirou do ar nesta segunda-feira, 30, vídeos publicados pelo presidente Jair Bolsonaro contrariando orientações de saúde para conter a disseminação do novo coronavírus, que já fez ao menos 150 vítimas no país. As postagens no Instagram também foram removidas.

Em nota à reportagem, a rede social, que também é dona do Instagram, diz que os conteúdos foram tirados do ar porque violam "nossos padrões de Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas".

Os vídeos excluídos mostravam o presidente, em passeio pelo Distrito Federal neste domingo, 29, conversando com um vendedor ambulante e em visita a um supermercado, provocando aglomerações e ignorando recomendações de isolamento.

Os mesmo foram retirados do Twitter, que alegou que recentemente ampliou suas regras para abranger conteúdos contrários à saúde pública. Sobre o coronavírus, só o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, teve posts apagados.

“O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19”, afirmou a rede social em nota.

Desde o início, Bolsonaro tem contrariado as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) e defendido o fim do isolamento social, que tem sido usado para conter a propagação do coronavírus.

O presidente também tem criticado medidas de restrição à circulação adotadas por governadores e prefeitos e afirmado que os gestores locais são “exterminadores de empregos”, trabalham com o conceito de “terra arrasado” e estão cometendo “um crime” contra a economia do país.

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