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Publicado em 24 de abril de 2024 às 14h17.
Última atualização em 25 de abril de 2024 às 14h26.
O Ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, declarou nesta quarta-feira, 24, que pretende convocar as companhias aéreas para debater a implementação de regulamentos mais rigorosos para o transporte de animais. Ação ocorre após o caso do cachorro morto em um voo da companhia Gol.
“Precisamos de uma legislação mais dura”, disse o ministro à CNN Brasil. Costa Filho também exigiu apuração imediata da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou um processo administrativo para investigar os motivos que levaram à morte do cachorro. Segundo Costa Filho, a agência deu à Gol um prazo de três dias para apresentar uma resposta sobre o caso.
Entre outras questões, a Anac busca esclarecimentos sobre as condições de transporte do animal, o envio dele para um destino diferente do contratado e as diretrizes para a prestação desse serviço. O objetivo é iniciar um processo de fiscalização com base nas informações apuradas até o momento.
“Que esse episódio tão triste sirva como uma janela de oportunidade para rediscutirmos as regras em vigência e apertarmos o que existe hoje”, disse o ministro.
Joca, um golden retriever de 4 anos de idade, foi devolvido morto a seu dono, nesta segunda-feira, 22, por funcionários da Gol. O caso foi registrado como crime de abuso a animais e será investigado pela Delegacia de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente.
Joca saiu do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) e deveria ter sido encaminhado para Sinop (MT). No entanto, o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (CE).
Quando o dono do animal, João Fantazzini, chegou em Sinop, foi notificado sobre o erro e retornou para Guarulhos para reencontrar Joca, que voltaria de Fortaleza até o local. Ao portal G1, Fantazzini disse que encontrou o animal morto dentro do canil da empresa, dentro de uma caixa metálica onde o animal havia sido transportado.
O dono do animal acusa a aérea de negligência. Segundo Fantazzini, ainda que a empresa tenha hidratado o animal no aeroporto de Fortaleza, a quantidade de água não foi suficiente devido ao tamanho do animal e a quantidade oferecida naquele momento.