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Após disputa dentro da base, governo tenta retomar diálogo

Apesar das recentes demonstrações de descompasso entre aliados, o ministro Pepe Vargas afirma que a base já voltou a dar sinais de que está unida


	Congresso Nacional: apesar das recentes demonstrações de descompasso entre aliados, o ministro Pepe Vargas afirma que a base já voltou a dar sinais de que está unida
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Congresso Nacional: apesar das recentes demonstrações de descompasso entre aliados, o ministro Pepe Vargas afirma que a base já voltou a dar sinais de que está unida (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 13h36.

Brasília - Após embate direto pelo comando da Câmara dos Deputados entre os dois maiores partidos aliados, o governo tenta reconstruir as pontes com a base no Congresso, especificamente com o PMDB, em reunião nesta quinta-feira entre a presidente Dilma Rousseff e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Após as eleições de domingo nas duas Casa do Congresso que resultaram em vitórias ao PMDB, haverá o encontro no Planalto, articulado pelo vice-presidente da República Michel Temer, presidente de honra da sigla, segundo uma fonte do partido.

Apesar das recentes demonstrações de descompasso entre aliados, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirma que a base já voltou a dar sinais de que está unida.

“Nós tivemos uma disputa entre candidatados da base aliada que está superada... Ontem mesmo a base aliada votou conjuntamente várias medidas”, disse o ministro a jornalistas, após cerimônia do Palácio do Planalto nesta quinta.

Nesta quinta, no entanto, Cunha assinou a criação de uma nova CPI da Petrobras para apurar irregularidades cometidas na estatal, que já é alvo da operação Lava Jato da Polícia Federal.

O pedido havia sido protocolado na terça. Cunha, eleito em primeiro turno no último domingo, concorria à presidência da Câmara contra o deputado Arlindo Chinalgia (PT-SP), cuja candidatura contou com o apoio e a atuação direta de alguns ministros petistas.

A vitória do peemedebista resultou ainda na troca da liderança do governo na Casa, após declarações do deputado de que não reconheceria o então líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), como interlocutor.

Já no Senado, a mais recente rusga tinha como fundo a indicação para postos-chave em órgãos e empresas vinculados às pastas que a sigla detém e ainda o fortalecimento do PSD, do ex-prefeito de São Paulo e agora ministro das Cidades, Gilberto Kassab, dentro do governo.

Kassab articula a refundação do PL, extinto em 2006 para dar lugar ao atual PR. A ideia é que o novo partido arrebanhe parlamentares governistas e depois se una ao PSD, criando uma nova força na base aliada o que enfraqueceria o PMDB.

A articulação do governo com o Congresso já vinha apresentando dificuldades no primeiro mandato da presidente, marcado por queixas de aliados sobre nomeações e emendas, exigindo enorme esforço para aprovar medidas prioritárias.

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