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Após críticas, Temer faz aceno à cúpula do PSDB

Michel Temer convidou Aécio Neves e outros representantes do PSDB para jantar, tentando amenizar a crise "diplomática" entre os partidos

Michel Temer: Planalto tem demonstrado desconfortos com as críticas do PSDB à equipe econômica (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 09h02.

Brasília - Na tentativa de diminuir os desgastes com o PSDB , o presidente em exercício Michel Temer convidou o senador Aécio Neves (MG) e a cúpula do partido no Congresso para um jantar nesta quarta, 17, no Palácio do Jaburu.

O Palácio do Planalto vem demonstrando desconforto com a escalada de críticas dos tucanos à equipe econômica, liderada pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda), e ao fato de o governo ceder em negociações que envolvem o ajuste fiscal.

Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nessa terça, 16, o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco - um dos mais próximos conselheiros do presidente em exercício -, rebateu críticas dos tucanos a Meirelles.

Segundo ele, "a experiência mostra não ser recomendável transformar o ministro da economia em vítima de manipulação eleitoral".

Temer quer aproveitar a conversa com os dirigentes do PSDB para pedir apoio dos deputados e senadores ao titular da Fazenda.

O Planalto acha que as críticas têm atrapalhado a aprovação das "importantes medidas" em tramitação no Congresso e consideradas "fundamentais" para a retomada do crescimento e da economia.

Por isso, o governo quer evitar que a antecipação do debate sobre as eleições de 2018 contamine todo este processo. Para aplacar as desconfianças no principal partido aliado do governo interino, o presidente em exercício tem reiterado que não será candidato na próxima eleição presidencial.

O Planalto já identificou que o incômodo principal do PSDB com Meirelles tem a ver com o fato de ele ser também um potencial candidato à Presidência em 2018.

O governo considera, porém, que uma eleição vitoriosa para qualquer aliado só se viabilizará se o combate à inflação tiver sucesso, levando à retomada do crescimento e dos empregos - para isso, portanto, é necessário a aprovação das medidas de ajuste no Congresso.

Meirelles já havia sido alvo de críticas dos tucanos durante a discussão das medidas de renegociação da dívida dos Estados e até aprovação de aumento salarial para várias categorias.

Alguns líderes do PSDB disseram que o ministro da Fazenda e o governo estavam cedendo demais aos partidos da base aliada em pontos que consideravam fundamentais para o ajuste.

Aos tucanos, Temer pretende dizer que é importante para todos que queiram disputar a eleição de 2018 concentrar suas forças na busca pelo entendimento em torno do governo que se formou a partir do processo de impeachment.

‘Erro’

Temer vai repetir que foi "um erro" a antecipação do debate das eleições de 2018 trazido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os tucanos têm pelo menos três presidenciáveis: o presidente do partido, Aécio Neves; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores, José Serra.

O jantar previsto para hoje já foi desmarcado duas vezes por causa de votações no Congresso. A ideia do Planalto é que o encontro ocorra depois da aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Na tentativa de diminuir os desgastes com o PSDB , o presidente em exercício Michel Temer convidou o senador Aécio Neves (MG) e a cúpula do partido no Congresso para um jantar nesta quarta, 17, no Palácio do Jaburu.

O Palácio do Planalto vem demonstrando desconforto com a escalada de críticas dos tucanos à equipe econômica, liderada pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda), e ao fato de o governo ceder em negociações que envolvem o ajuste fiscal.

Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nessa terça, 16, o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco - um dos mais próximos conselheiros do presidente em exercício -, rebateu críticas dos tucanos a Meirelles.

Segundo ele, "a experiência mostra não ser recomendável transformar o ministro da economia em vítima de manipulação eleitoral".

Temer quer aproveitar a conversa com os dirigentes do PSDB para pedir apoio dos deputados e senadores ao titular da Fazenda.

O Planalto acha que as críticas têm atrapalhado a aprovação das "importantes medidas" em tramitação no Congresso e consideradas "fundamentais" para a retomada do crescimento e da economia.

Por isso, o governo quer evitar que a antecipação do debate sobre as eleições de 2018 contamine todo este processo. Para aplacar as desconfianças no principal partido aliado do governo interino, o presidente em exercício tem reiterado que não será candidato na próxima eleição presidencial.

O Planalto já identificou que o incômodo principal do PSDB com Meirelles tem a ver com o fato de ele ser também um potencial candidato à Presidência em 2018.

O governo considera, porém, que uma eleição vitoriosa para qualquer aliado só se viabilizará se o combate à inflação tiver sucesso, levando à retomada do crescimento e dos empregos - para isso, portanto, é necessário a aprovação das medidas de ajuste no Congresso.

Meirelles já havia sido alvo de críticas dos tucanos durante a discussão das medidas de renegociação da dívida dos Estados e até aprovação de aumento salarial para várias categorias.

Alguns líderes do PSDB disseram que o ministro da Fazenda e o governo estavam cedendo demais aos partidos da base aliada em pontos que consideravam fundamentais para o ajuste.

Aos tucanos, Temer pretende dizer que é importante para todos que queiram disputar a eleição de 2018 concentrar suas forças na busca pelo entendimento em torno do governo que se formou a partir do processo de impeachment.

‘Erro’

Temer vai repetir que foi "um erro" a antecipação do debate das eleições de 2018 trazido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os tucanos têm pelo menos três presidenciáveis: o presidente do partido, Aécio Neves; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores, José Serra.

O jantar previsto para hoje já foi desmarcado duas vezes por causa de votações no Congresso. A ideia do Planalto é que o encontro ocorra depois da aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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