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Após apoio oficial do Centrão, Alckmin diz não ter pressa por vice

Presidenciável voltou a enfatizar que o prazo para essa decisão será 4 de agosto, data da convenção nacional do PSDB

Geraldo Alckmin: pré-candidato disse nesta quinta-feira, 26, que não ter pressa ou preferência sobre o perfil do vice na sua chapa (Beto Barata/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: pré-candidato disse nesta quinta-feira, 26, que não ter pressa ou preferência sobre o perfil do vice na sua chapa (Beto Barata/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2018 às 14h51.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 14h52.

Brasília - Após ter o apoio do Centrão oficializado, o pré-candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 26, que não ter pressa ou preferência sobre o perfil do vice na sua chapa. Ele voltou a enfatizar que o prazo para essa decisão será 4 de agosto, data da convenção nacional do PSDB.

"Para ter vice, precisa ter candidato; só hoje que o Centro Democrático decidiu pela nossa candidatura. Agora vamos nos debruçar sobre o vice. Queria agradecer muito ao Josué (Gomes) e seu artigo. O vice é uma decisão coletiva e não temos pressa; o prazo é 4 de agosto, data da convenção do PSDB. O perfil é de homem ou mulher, moreno ou loira, não tenho preferência. Certamente não será um nome de São Paulo, mas temos ótimos nomes, vamos aguardar", explicou.

Ao enaltecer o apoio do Centrão, Alckmin repetiu diversas vezes a importância de ser um candidato "conciliador" e rejeitou "extremismo" e "populismo". "Fico feliz de nos reunirmos com o Centro Democrático porque o caminho não é nem o autoritarismo nem o populismo", disse Alckmin ao agradecer aos partidos. "Seria fácil vir para o pré-candidato se eu estivesse em primeiro lugar, disparado nas pesquisas. Eles estão vindo por convicção num grande esforço conciliatório", disse.

Ele agradeceu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem chamou de "um grande líder da nova geração", por abdicar da pré-candidatura e citou nominalmente todos os outros pré-candidatos lançados pelo Centrão.

Alckmin usou o apoio dado pelo Centrão para dizer que somente com a "conciliação" o Brasil sairá da crise política e econômica. "Nós não vamos decepcioná-los, vamos trabalhar com afinco para ganhar as eleições. Todas as vezes que o Brasil buscou a conciliação e a pacificação, a democracia consolidou-se e a economia se fortaleceu. Foi assim na redemocratização do Brasil, foi assim na elaboração do Plano Real. Sempre que há um esforço pela união, o Brasil avança. Não tem salvador da pátria, nem fórmula mágica, tem esforço coletivo", disse.

O tucano também aproveitou para falar sobre suas propostas econômicas. Disse que o Brasil será uma "Abu Dhabi", em referência à capital dos Emirados Árabes, e ainda um "grande celeiro do mundo", ao citar o potencial do agronegócio no País.

"O Brasil vai ser uma Abu Dhabi com as jazidas do pré-sal; vamos investir no pós-sal. Brasil vai ser o grande celeiro do mundo", afirmou antes de também ressaltar questões sociais de sua campanha.

"Nós nos colocamos no lugar do outro: daquele que está desempregado, das mamães que não encontram vagas em creches. É isso que nos motiva. Temos uma causa urgente. O Brasil tem pressa. Esta não é uma tarefa para uma pessoa ou um partido, é uma tarefa coletiva. Me sinto honrado com a confiança de todos vocês; não tenho a menor dúvida com o passo correto que estamos dando. Fomos construindo passo a passo com humildade e hoje damos um grande passo com cinco grandes partidos. Para a mudança precisamos estar unidos, vamos ao trabalho", complementou.

Ao final, Alckmin respondeu a perguntas de jornalistas. Um dos questionamentos foi sobre o espaço que seu eventual governo dará às mulheres já que, no anúncio de aliança do Centrão, o tucano estava cercado por homens, sendo todos eles brancos. "Marcos Pereira está fazendo uma correção, dizendo que é negro", respondeu ao citar o presidente do PRB. "Vamos ter o máximo possível de mulheres nos ministérios; serão todas convidadas e convocadas para trabalhar".

Giannetti

O pré-candidato do PSDB ainda foi incitado a comentar as notícias de que o economista Roberto Giannetti da Fonseca, um dos colaboradores da campanha política, se tornou alvo da 10ª fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta Quinta-feira.

A investigação apura desvios perante o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf).

Alckmin demonstrou desconhecer as notícias. "Giannetti não faz parte da nossa campanha, mas sempre participou das equipes e campanhas do PSDB", respondeu.

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