Exame Logo

Após ameaça de processo, ministro da Educação se retrata com mãe de Cazuza

Na segunda-feira, Lucinha divulgou uma carta aberta para dizer que a menção de Vélez Rodriguez ao seu filho não era verdadeira

Chefe do MEC: pelo Twitter, Vélez Rodriguez comunicou que ligou para a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, para "desfazer o equívoco" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 10h27.

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez , teve de se retratar após atribuir erroneamente uma frase ao cantor Cazuza, morto em 1990.

Pelo Twitter, Vélez Rodriguez comunicou que ligou para a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, para "desfazer o equívoco".

Veja também

"Liguei para Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, para desfazer o equívoco de uma resposta que dei atribuindo a ele frase de um programa humorístico. A conversa foi tocante e combinamos uma visita a ela quando eu for ao Rio. O amor do coração de uma mãe por seu filho é algo valoroso", escreveu o ministro na rede social.

Mais cedo, Lucinha divulgou uma carta aberta para dizer que a menção de Vélez Rodriguez ao seu filho não era verdadeira, classificou o episódio como inadmissível e ameaçou processá-lo. Em entrevista à revista Veja, ele afirmou que Cazuza "pregava que liberdade é passar a mão no guarda".

"Caro Sr. Ricardo Vélez Rodriguez, Ministro da Educação, se meu filho estivesse vivo tenho a certeza de que pediria piedade, mas como não sou ele e minha idade suprimiu os panos quentes, considero inadmissível uma pessoa ocupando o cargo que ocupa não ter a preocupação de citar uma pessoa pública sem compromisso com a verdade", escreveu em um trecho. "Gostaria de deixar aberta a possibilidade de se retratar publicamente para que não seja necessário ter que tomar providências jurídicas", concluiu Lucinha.

Na entrevista, Vélez Rodríguez citou Cazuza ao ser questionado sobre se liberdade não incluiria ensinar marxismo, fascismo e liberalismo.

"Liberdade não é fazer o que você deseja. Liberdade é agir, fazer escolhas dentro dos limites da lei e da moralidade. Fazer o que dá vontade não é ser livre. Isso é libertinagem. No Brasil, por força de ciclos autoritários, temos uma visão enviesada da liberdade. Liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda. Não! Isso é desrespeito à autoridade, vai para o xilindró", disse Vélez Rodríguez.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroMEC – Ministério da EducaçãoRevista VEJARicardo Vélez Rodríguez

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame