Brasil

Apesar de chuvas em janeiro, Cantareira tem nível menor que em 2021

Reservatório encerrou o mês de janeiro em 33,6%

Em 2014, o sistema Cantareira apresentava o índice em 22,2% (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo/Divulgação)

Em 2014, o sistema Cantareira apresentava o índice em 22,2% (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 20h52.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2022 às 20h54.

Apesar do aumento das chuvas em janeiro, o Sistema Cantareira, maior fornecedor de água da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), ainda permanece com o nível abaixo do registrado em janeiro de 2021.

De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema recebeu, no primeiro mês de 2022, 322 milímetros (mm) de chuva, 22% acima da média histórica para janeiro no local, que é de 263,7 mm. Mesmo assim, o reservatório encerrou o mês com nível de armazenamento em 33,6%, abaixo dos 42,6% registrados em janeiro de 2021.

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

Segundo o Boletim Mensal de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil estima-se que o nível de armazenamento do sistema será de 48% em 31 de março de 2022, pouco abaixo dos 52,8% registrados no final de março de 2021.

O boletim foi publicado no último dia 19 e é elaborado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),

Em 2014, quando o estado de São Paulo enfrentava uma crise de abastecimento de água, o sistema Cantareira apresentava o índice em 22,2% de sua capacidade de armazenamento, em janeiro. Em março daquele ano, o nível atingiu 13,4%.

Localizado ao norte da Grande São Paulo, o Sistema Cantareira é formado por cinco reservatórios: Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Paiva Castro e Águas Claras. Os quatro primeiros captam e desviam água por meio de túneis e canais de afluentes do rio Piracicaba para a bacia do rio Juqueri, na bacia do Alto Tietê, até os reservatórios Paiva Castro e Águas Claras, de onde a água é bombeada para as cidades. O sistema abastece 7,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ChuvasCrise da ÁguaHidrelétricas

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais