Anvisa proíbe propagandas sobre a "pílula do câncer"
Estratégia de vender o produto importado como "suplemento alimentar" foi considerada como uma manobra para driblar as regras existentes no país
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 22h59.
Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta terça-feira, 21, propagandas dos produtos que levam em sua composição a fosfoetanolamina, a chamada pílula do câncer.
Phospho 2-AEP imune system, da marca New Life, e Fosfoetanolamina Phospho Ethanolamine, da marca Quality Medical Line, do Laboratório Frederico Diaz, vinham sendo divulgados como suplemento alimentares em páginas do Facebook e alegavam, nas peças publicitárias, conter propriedades terapêuticas não comprovadas.
A Anvisa observa que o suplemento alimentar não pode ter entre suas alegações funções terapêuticas. "Propagandas nas redes sociais que induzam o consumidor a crer que a fosfoetanolamina, como suplemento alimentar, combata o câncer - ou qualquer outra doença - e atribuam propriedades funcionais e/ou de saúde são irregulares", afirma o texto da agência.
A propaganda do Phospho Ethanolamine começou no início do mês. No material, era feita a afirmação de que o produto, cujo lançamento era esperado em breve, seria fabricado nos Estados Unidos e poderia ser importado a partir de março.
A estratégia de vender o produto importado como "suplemento alimentar" foi considerada como uma manobra para driblar as regras existentes no País. A fosfoetanolamina é uma substância ainda em fase de testes no Brasil. Ano passado, o Supremo Tribunal Federal proibiu a distribuição da droga em território nacional.
Lígia Formenti