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Anvisa pede informações sobre terceira dose da Coronavac ao Butantan

Objetivo, segundo a agência, é antecipar informações para avaliar a necessidade ou não do reforço das vacinas contra covid-19 em uso no Brasil

Coronavac: atualmente a vacina é aplicada em esquema de duas doses (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Coronavac: atualmente a vacina é aplicada em esquema de duas doses (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de agosto de 2021 às 15h11.

Última atualização em 28 de agosto de 2021 às 15h14.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou nesta sexta-feira informações ao Instituto Butantan sobre doses de reforço e revacinação do imunizante Coronavac, produzido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo nota da instituição, “a Agência quer saber se há dados científicos ou regulatórios que possam subsidiar a questão".

No texto, a Anvisa também reforça que "tem feito busca ativa por dados e estudos sobre as doses de reforço". "O objetivo é antecipar informações para avaliar o cenário em torno da necessidade ou não de doses adicionais das vacinas contra covid-19 em uso no Brasil."

Os representantes da Anvisa querem se reunir com membros do Butantan para discutir dados e estudos em andamento, cronogramas e resultados provisórios. Atualmente, a Coronavac é aplicada em esquema de duas doses.

Na última segunda-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que as vacinas de reforço contra a Covid-19 sejam adiadas, pois a prioridade deve ser dada ao aumento das taxas de vacinação em países onde apenas 1% ou 2% da população foram imunizados.

De acordo com Adhanom, se as taxas de vacinação não forem aumentadas globalmente, variantes mais fortes do coronavírus podem se desenvolver. Por isso, o diretor-geral argumenta que vacinas destinadas para terceira dose devem ser doadas a países onde a maioria das pessoas não recebeu sua primeira ou segunda dose.

— Além disso, há um debate sobre se as injeções de reforço são realmente eficazes — disse Ghebreyesus em entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto.

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