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Anvisa notifica fronteiras e aeroportos para exigirem passaporte da vacina

A Anvisa disse ter notificado seus postos de fronteira, especialmente em aeroportos que recebem voos internacionais

Anvisa: o órgão informou nesta segunda que aguarda a edição, por parte do Executivo, de portaria interministerial com o detalhamento das regras para entrada de viajantes no país (Amanda Perobelli/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 19h19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) informou nesta segunda-feira que iniciou o cumprimento imediato de decisão do Supremo Tribunal Federal ( STF ) que determina a cobrança do comprovante de vacinação contra a covid-19 de viajantes que entram no país.

Para isso, a Anvisa disse ter notificado seus postos de fronteira, especialmente em aeroportos que recebem voos internacionais.

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"A Anvisa iniciou a cobrança do comprovante de vacinação, ao mesmo tempo em que realiza as avaliações pontuais para os casos em que o viajante possa ser prejudicado pela mudança de regras entre o período de seu embarque e de sua chegada ao Brasil", disse a agência sanitária em nota publicada em seu site.

No sábado, o ministro do STF Luís Roberto Barroso determinou a exigência de comprovante de vacinação para os viajantes que chegam ao Brasil do exterior, alertando para a ameaça de se promover um "turismo antivacina" pela falta de uma ação precisa do governo federal.

"O ingresso diário de milhares de viajantes no país, a aproximação das festas de fim de ano, de eventos pré-Carnaval e do próprio Carnaval, aptos a atrair grande quantitativo de turistas, e a ameaça de se promover um turismo antivacina, dada a imprecisão das normas que exigem sua comprovação, configuram inequívoco risco iminente, que autoriza o deferimento da cautelar", disse Barroso na decisão.

A decisão de Barroso foi tomada um dia após o governo adiar por uma semana a entrada em vigor de uma portaria que estabeleceria regras para entrada de estrangeiros por via aérea no país, incluindo a necessidade de quarentena de cinco dias para quem não estiver imunizado contra a Covid-19.

O adiamento foi anunciado depois de Ministério da Saúde sofrer um ataque hacker que retirou do ar os sistemas de dados da pasta e os registros de vacinação.

A Anvisa informou nesta segunda que aguarda a edição, por parte do Executivo, de portaria interministerial com o detalhamento das regras para entrada de viajantes no país, para fazer as adequações operacionais necessárias.

O presidente Jair Bolsonaro é abertamente contra a exigência de comprovação de vacinação, e ele próprio afirma que não tomou a vacina contra a covid-19.

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