Anvisa interdita produtos do Peccin, Transmeat e Souza Ramos
Proibição da Anvisa foi publicada no Diário Oficial e tem validade de 90 dias
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de março de 2017 às 12h00.
Última atualização em 28 de março de 2017 às 12h24.
Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar, em todo o País, de todos os produtos elaborados por algumas unidades de três frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca da Polícia Federal.
A interdição da Anvisa abrange os produtos do Transmeat Logística Transportes e Serviços (SIF 4644) em Balsa Nova (PR); do Souza Ramos (SIF 4040) em Colombo (PR); e Peccin Agro Industrial (SIF 2155) em Curitiba (PR) e (SIF 825) em Jaraguá do Sul (SC).
A decisão da Anvisa está publicada em resolução no Diário Oficial da União (DOU) e vale por 90 dias. As companhias punidas pela agência sanitária também são alvo de processo de recall do Ministério da Justiça e fazem parte do grupo de estabelecimentos interditados pelo Ministério da Agricultura.
Há duas semanas, logo depois da operação da PF, o Ministério da Agricultura fechou três unidades: Peccin em Curitiba (PR), Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e a planta da BRF em Mineiros (GO).
A lista cresceu para seis unidades, com o acréscimo de Souza Ramos em Colombo (PR), Laticínios SSPMA em Sapopema (PR) e Farinha de Carnes Castro em Telêmaco Borba (PR). Além desses, o Transmeat, de Balsa Nova (PR), é alvo de interdição parcial pela Agricultura, só de uma linha de produção de carnes temperadas.
Sobre as ações dos ministérios da Agricultura e da Justiça, o frigorífico Souza Ramos informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que a unidade foi auditada há quatro meses e o ministério autorizou a venda dos produtos.
"Temos laudo de todo o produto que é retirado da empresa, com quantidade normal de amido e por lei. O Souza Ramos trabalha com a legislação, fomos auditados há quatro meses pelo mesmo MAPA que nos deu autorização", informou.
Já a Transmeat relatou não ter sido informada sobre qual linha nem qual lote de produtos teriam de ser substituídos. Além disso, a companhia recorreu à Justiça por meio de um mandado de segurança para poder reverter o recall determinado pelo Ministério da Justiça.
A empresa Peccin mantém apenas um comunicado no site no qual nega as irregularidades.