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Anastasia tem palanque em um terço dos municípios mineiros

Coligação do tucano, por enquanto formada por PSC, PSD, PPS, PTB e Solidariedade, além do PSDB, controla 291 prefeituras, ou 34,1%

Antônio Anastasia: dos 853 municípios de Minas Gerais, pouco mais de um terço será palanque para o pré-candidato do PSDB ao governo (Adriano Machado/Reuters)

Antônio Anastasia: dos 853 municípios de Minas Gerais, pouco mais de um terço será palanque para o pré-candidato do PSDB ao governo (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de julho de 2018 às 09h39.

Última atualização em 19 de julho de 2018 às 09h40.

Belo Horizonte - Dos 853 municípios de Minas Gerais, pouco mais de um terço será palanque para o pré-candidato do PSDB ao governo, Antônio Anastasia. A coligação do tucano, por enquanto formada por PSC, PSD, PPS, PTB e Solidariedade, além do PSDB, controla 291 prefeituras, ou 34,1%. Já o governador Fernando Pimentel (PT), que por enquanto não anunciou aliança com outros partidos, tem 39 prefeitos ao seu lado (4,6%).

Os números, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes às eleições municipais de 2016, levam em conta apenas as alianças já formalizadas.

"No modelo que teremos de eleição e com recursos mais parcos, sem megacampanhas, a capilaridade dos prefeitos pode dar mais popularidade para a campanha", afirmou Alexandre Silveira (PSD), um dos coordenadores da campanha tucana. Segundo ele, a coligação encabeçada pelo PSDB espera reunir entre 470 a 500 prefeitos até o início da campanha.

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) amenizou o fato de seu partido ainda não ter fechado aliança. "Essas eleições serão divididas por campos políticos, e não por uma 'sopa de letrinhas'", afirmou.

O deputado Rodrigo Pacheco, pré-candidato do DEM com o apoio de Avante, Patriotas e PP, tem base em 123 prefeituras (14,4%). "O apoio dos prefeitos é fundamental, pois as pessoas moram nos municípios", disse.

Já o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, pré-candidato do PSB com o apoio do PDT e do PROS, tem base em 10% cidades - são 87 prefeituras. "Seguirei ao lado dos prefeitos em defesa de mais investimentos e principalmente de mais protagonismo para as nossas cidades", afirmou Lacerda.

Os pré-candidatos Dirlene Marques (PSOL), João Batista Mares Guia (Rede) e Romeu Zema (Novo) não têm palanque entre os prefeitos mineiros.

O MDB, que nesta semana destituiu seu diretório mineiro para intensificar conversas com outros partidos, controla 18,9% dos municípios. São 162 prefeitos emedebistas. "O MDB se tornou o (partido) mais capilarizado em Minas e no Brasil", afirmou um dos três pré-candidatos do partido ao governo, o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes. Além dele, o vice-governador, Antônio Andrade, e o deputado federal Leonardo Quintão, pleiteiam a postulação.

Na opinião do cientista político da UFMG Leonardo Avritzer, o apoio de prefeitos é essencial para as candidaturas em Minas, por causa do tamanho do eleitorado no interior. "Minas tem a concentração da população na capital menor do que no restante do Estado. Logo, você não consegue fazer uma frente significativa só com a região metropolitana de BH".

Sem integrar nenhuma coligação, os prefeitos que são filiados a PV, PTN, PSL, PRTB, PRB representam 7% do municípios ainda podem ser disputados pelas coligações que pretendem lançar candidaturas na disputa pela Palácio da Liberdade - são, ao todo, 60 prefeitos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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