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Amorim anuncia saída de 257 militares brasileiros do Haiti

Segundo o ministro, em outubro, a ONU deverá aprovar a retirada de 1.600 pessoas que atuam na missão de paz do país caribenho

Amorim disse que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares (Divulgação/ Marinha)

Amorim disse que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares (Divulgação/ Marinha)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 15h01.

Brasília – O Brasil deverá começar a retirar, a partir de março do ano que vem, 257 militares que estão na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, disse hoje (29) o ministro da Defesa, Celso Amorim. Em outubro, segundo ele, a ONU deverá aprovar a retirada de 1.600 pessoas que atuam na missão de paz do país caribenho. A maior parte dos militares que deverá deixar a ilha chegou ao Haiti depois do terremoto que devastou o país, para dar reforço aos que já atuavam na pacificação. “Tudo depende da aprovação do plano [de retirada, pela ONU]”.

Amorim disse que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares. O mandato brasileiro como chefe da missão também passará por votação para ser renovado. Para o ministro, a saída das forças de paz deverá ocorrer gradualmente, de modo a entregar o Haiti para o seu próprio governo, de maneira responsável. “Não devemos e não queremos nos eternizar no Haiti, mas também não vamos sair de maneira irresponsável”, observou o ministro.

Entre o efetivo brasileiro que deixará o Haiti, não devem estar militares do batalhão de engenharia. Eles têm atuado na reconstrução de pontes, poços artesianos, produção de energia, entre outras obras emergenciais.

Após sair de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro comentou também sobre os planos do governo brasileiro de colocar um satélite de comunicações em órbita. Segundo Amorim, isso está sendo agilizado porque o Brasil poderá perder o espaço que tem na órbita da Terra se não enviar o satélite. “É um esforço que está sendo coordenado pelo Ministério das Comunicações, com a participação da Defesa. Ele [o satélite] deverá ser de propriedade do Brasil, mas não construído aqui porque nós ainda não possuímos tecnologia para isso”, relatou.

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