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Álvaro Antônio é 11º ministro a deixar governo Bolsonaro; veja lista

Weintraub, Teich e Moro foram os últimos titulares a sair do comando de pastas na atual gestão

Bolsonaro: presidente demitiu ministro to Turismo nesta quarta-feira (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

Bolsonaro: presidente demitiu ministro to Turismo nesta quarta-feira (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

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Agência O Globo

Publicado em 9 de dezembro de 2020 às 19h08.

Última atualização em 9 de dezembro de 2020 às 19h56.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, se tornou nesta quarta-feira o 11º ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro a deixar a equipe do primeiro escalão. A demissão ocorreu um dia depois de Álvaro Antônio usar um grupo de WhatsApp que reúne todos os ministros do governo para acusar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Planalto, de conspirar para tirá-lo do cargo.

No fim do ano será a vez do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, de deixar o cargo. Ele foi indicado para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) no dia 31 de dezembro. Confira a lista de ministros que já deixaram o governo:

  • Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência, 18 de fevereiro de 2019)

Bebianno, ex-presidente do partido que levou Bolsonaro à Presidência, ocupava a Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele foi o primeiro a ser demitido por entrar em conflito com Carlos Bolsonaro e acabou fora do governo em 18 de fevereiro. Para o lugar dele, primeiro foi o general da reserva Floriano Peixoto Neto. Atualmente, está o Jorge Oliveira. Bebbiano morreu de infarto no início deste ano.

  • Ricardo Veléz (Educação, 8 de abril de 2019)

O primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro foi demitido dois meses após assumir o cargo, em 8 de abril do ano passado. Veléz se envolveu em diversas polêmicas e confusões com seus assessores e terminou substituído por Abraham Weintraub.

  • Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo, 13 de junho de 2019)

Santos Cruz foi demitido pelo presidente em junho do ano passado depois de uma série de divergências com Carlos Bolsonaro e um processo de “fritura” nas redes sociais com apoiadores do presidente que são defensores de Olavo de Carvalho. No lugar dele, assumiu o general Luiz Eduardo Ramos.

  • General Floriano Peixoto (Secretaria-Geral da Presidência, 21 de junho de 2019)

O general deixou a Secretaria-Geral da Presidência durante uma série de outras mudanças e acabou nomeado para a presidência dos Correios. Quem assumiu o ministério foi Jorge Antônio de Oliveira Francisco, major da reserva da PM e que, na época, era subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Ele foi assessor do presidente na Câmara dos Deputados e de seu filho Eduardo Bolsonaro também.

  • Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional, 6 de fevereiro de 2020)

O ministro deixou a pasta neste ano, mas foi realocado para a presidência do Dataprev. No lugar dele, quem assumiu foi Rogério Marinho, secretário Especial do Trabalho e da Previdência.

  • Osmar Terra (Cidadania, 13 de fevereiro de 2020)

Terra deixou o governo em fevereiro numa mudança que fez com que seu lugar fosse ocupado por Onyx Lorenzoni, na época, ministro da Casa Civil.

  • Luiz Henrique Mandetta (Saúde, 16 de abril de 2020)

Desde que a pandemia do novo coronavírus começou no Brasil, Mandetta passou a endossar políticas de isolamento social, como em outros países. Essa situação o colocou em confronto com Bolsonaro e ele acabou demitido em 16 de abril. O substituto foi justamente Nelson Teich que agora deixa o ministério também.

  • Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública, 24 de abril de 2020)

Conhecido por seu trabalho na Operação Lava-Jato no Paraná, o ministro deixou a magistratura em 2018 após receber um convite do presidente para assumir o Ministério da Justiça. Desde meados do ano passado, Bolsonaro anunciava publicamente uma intenção de trocar o superintendente da PF no Rio e depois o diretor-geral da corporação, o que iniciou uma crise entre ele e Moro. O episódio final no ministério foi a exoneração de Maurício Valeixo, então diretor-geral, sem acordo com Moro, que saiu da pasta acusando o presidente de pedir relatórios de inteligência.

  • Nelson Teich (Saúde, 15 de maio de 2020)

Médico oncologista e empresário do setor de serviços médicos, Teich não chegou a ficar um mês no cargo de ministro da Saúde após substituir Luiz Henrique Mandetta. O então secretário executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, assumiu o posto. Além do desgaste na relação com os gestores estaduais e municipais, Teich se tornou alvo de ataques de bolsonaristas nas redes sociais antes de deixar o cargo por sua posição em relação ao uso da cloroquina no tratamento da covid-19, remédio sem eficácia comprovada para casos de infecção pelo vírus. Teich não concordava com a possibilidade de dar aval à orientação para que o medicamento seja administrado desde os primeiros sintomas da doença, e demonstrou incômodo com a insistência do mandatário do Palácio do Planalto.

  • Abraham Weintraub (Educação, 18 de junho de 2020)

O segundo ministro da Educação do governo Bolsonaro anunciou sua saída do cargo pelas redes sociais. A baixa ocorreu em meio ao desgaste do então ministro com o Supremo Tribunal Federal (STF). Investigado no âmbito do inquérito das fake news, que mira ataques à Corte e o financiamento a atos antidemocráticos, Weintraub aparece na gravação da reunião ministerial de 22 de abril, afirmando que deveriam colocar “vagabundos na cadeia” e “começando pelo STF”. O ex-ministro foi indicado pelo governo para o posto de diretor executivo no conselho do Banco Mundial, em que atua como representante do Brasil e de outros oito países em Washington, nos Estados Unidos.

     

       

                 

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