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Alunos acusam professor da UFMA de racismo

Professor José Cloves Verde Saraiva falou que o aluno Nuhu Ayuba "deveria voltar à África e clarear a sua cor", segundo os estudantes

Reitor da UFMA, Natalino Salgado (na foto), classificou o incidente entre o professor e o estudante estrangeiro como "lamentável" (Divulgação/UFMA)
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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 08h36.

São Paulo - A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) solicitou abertura de um processo administrativo disciplinar para apurar denúncias de racismo contra um professor da instituição. Alunos do curso de Engenharia Química apontam atos de discriminação do professor José Cloves Verde Saraiva contra o aluno africano Nuhu Ayuba, inscrito na disciplina Cálculo Vetorial. Saraiva já pediu desculpas e disse que a situação foi um mal-entendido. Uma cópia da denúncia foi entregue ao Ministério Público Federal.

"Informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba, humilhando-o na frente de todos", afirmam os alunos na petição pública. Segundo os estudantes, o professor teria dito que Ayuba "deveria voltar à África e clarear a sua cor". O relato acrescenta que o intercambista "não retruca" nenhuma das agressões e está "psicologicamente abalado".

Em retratação pública, Saraiva afirma que houve um mal-entendido e pediu desculpas ao estudante Nuhu Ayuba e aos colegas de classe. "Jamais tive intenção discriminatória de qualquer espécie", disse, argumentando que também é descendente de africanos. "Acredito no potencial de todos, e o que exijo como docente é que os estudantes tenham compromisso com o conteúdo da disciplina".

O reitor da UFMA, Natalino Salgado, classificou o ocorrido como "lamentável". "Não partilharemos de atitudes que se caracterizem em retrocesso e vergonha para a nossa sociedade. Os estrangeiros, assim como todos os outros estudantes, têm o nosso apreço e respeito", afirmou o reitor. "Vamos continuar honrando os acordos educacionais e culturais assumidos pela universidade e pelo governo brasileiro com outros países", acrescentou.

Segundo nota divulgada pela reitoria, a UFMA disponibiliza anualmente duas vagas de cada curso, no período diurno, para cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Este programa foi desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas.

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"Informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba, humilhando-o na frente de todos", afirmam os alunos na petição pública. Segundo os estudantes, o professor teria dito que Ayuba "deveria voltar à África e clarear a sua cor". O relato acrescenta que o intercambista "não retruca" nenhuma das agressões e está "psicologicamente abalado".

Em retratação pública, Saraiva afirma que houve um mal-entendido e pediu desculpas ao estudante Nuhu Ayuba e aos colegas de classe. "Jamais tive intenção discriminatória de qualquer espécie", disse, argumentando que também é descendente de africanos. "Acredito no potencial de todos, e o que exijo como docente é que os estudantes tenham compromisso com o conteúdo da disciplina".

O reitor da UFMA, Natalino Salgado, classificou o ocorrido como "lamentável". "Não partilharemos de atitudes que se caracterizem em retrocesso e vergonha para a nossa sociedade. Os estrangeiros, assim como todos os outros estudantes, têm o nosso apreço e respeito", afirmou o reitor. "Vamos continuar honrando os acordos educacionais e culturais assumidos pela universidade e pelo governo brasileiro com outros países", acrescentou.

Segundo nota divulgada pela reitoria, a UFMA disponibiliza anualmente duas vagas de cada curso, no período diurno, para cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Este programa foi desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas.

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