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Aluna cai em fosso de elevador de obra na USP e morre

Bruna Barboza Lino, de 19 anos, voltava de uma festa no câmpus quando se acidentou

Torre do Relógio na Cidade Universitária, USP: a polícia apura se foram tomadas todas as medidas para evitar acidentes e isolar o fosso (Pedro Zambarda/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 07h22.

São Paulo - A aluna do 1º ano do curso de Letras da Universidade de São Paulo ( USP ) Bruna Barboza Lino, de 19 anos, morreu ao cair de uma altura de cerca de 10 metros - o equivalente a três andares -, dentro do fosso de um elevador em construção, na madrugada deste domingo, 15, no câmpus da universidade no Butantã, zona oeste de São Paulo.

A obra pertence ao Instituto Butantã e fica ao lado do Paço das Artes, na Avenida da Universidade.

Segundo dois colegas de faculdade que moravam com Bruna e estavam com ela no momento do acidente, o grupo foi a uma festa dentro do câmpus e já estava no ponto de ônibus para voltar para casa, quando a estudante disse que precisava ir ao banheiro e se afastou.

Em seguida, eles ouviram um grito e encontraram o corpo da universitária no chão. O serviço de resgate foi acionado, mas a equipe constatou a morte no local.

À polícia, as testemunhas disseram que estavam na obra apenas para "passar o tempo". Guardas do câmpus afirmam que o prédio é constantemente invadido para festas de universitários à noite. O delegado de plantão do 91º DP (Ceagesp), Fernando Antonio Terzidis, afirmou que a obra tem uma fita de contenção no andar em que a jovem sofreu a queda.

Os dois amigos que estudavam Letras com Bruna e moravam no mesmo apartamento no Jaguaré, na zona oeste, afirmam que não havia nenhum tapume no prédio e que a entrada nele era livre. Um deles sofreu arranhões ao tentar resgatar a estudante do fundo do fosso e está em estado de choque, de acordo com familiares.

O corpo de Bruna foi liberado do Instituto Médico-Legal na tarde de hoje e reconhecido pela irmã da estudante Barbara Barboza Lino, de 24 anos. "Nós desconfiamos que ela não tenha visto o fosso na escuridão", afirmou. O enterro está marcado para a manhã desta segunda-feira, 16, no Cemitério Vila Pauliceia, em São Bernardo do Campo, cidade onde mora a família da estudante.

Planos

Bruna era uma das filhas do meio entre seis irmãos. Seu pai é aposentado e tem 86 anos. "Ela estava muito feliz no curso que fazia, vivendo a vida de toda jovem. Qualquer pessoa que conhecia a Bruna via que era só alegria", disse a irmã. Além de estudar, a jovem trabalhava como atendente em uma editora. Ela planejava optar pela ênfase em Francês.

Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Butantã lamentou a morte da estudante e informou que "está à disposição para as investigações". Segundo o órgão, a obra está cercada por grades, muros e outros materiais, o que impediria a entrada de pessoas.

A reitoria da USP afirmou que a obra estava abandonada, mas o Instituto Butantã não se manifestou sobre o assunto. A assessoria não informou qual a finalidade da construção. Em nota, a USP também lamenta o acidente.

A polícia apura se foram tomadas todas as medidas para evitar acidentes e isolar o fosso. Também será analisado se o grupo invadiu o prédio. Festas no câmpus têm de ser autorizadas pela reitoria. O caso será investigado pelo 93.º DP (Jaguaré). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A aluna do 1º ano do curso de Letras da Universidade de São Paulo ( USP ) Bruna Barboza Lino, de 19 anos, morreu ao cair de uma altura de cerca de 10 metros - o equivalente a três andares -, dentro do fosso de um elevador em construção, na madrugada deste domingo, 15, no câmpus da universidade no Butantã, zona oeste de São Paulo.

A obra pertence ao Instituto Butantã e fica ao lado do Paço das Artes, na Avenida da Universidade.

Segundo dois colegas de faculdade que moravam com Bruna e estavam com ela no momento do acidente, o grupo foi a uma festa dentro do câmpus e já estava no ponto de ônibus para voltar para casa, quando a estudante disse que precisava ir ao banheiro e se afastou.

Em seguida, eles ouviram um grito e encontraram o corpo da universitária no chão. O serviço de resgate foi acionado, mas a equipe constatou a morte no local.

À polícia, as testemunhas disseram que estavam na obra apenas para "passar o tempo". Guardas do câmpus afirmam que o prédio é constantemente invadido para festas de universitários à noite. O delegado de plantão do 91º DP (Ceagesp), Fernando Antonio Terzidis, afirmou que a obra tem uma fita de contenção no andar em que a jovem sofreu a queda.

Os dois amigos que estudavam Letras com Bruna e moravam no mesmo apartamento no Jaguaré, na zona oeste, afirmam que não havia nenhum tapume no prédio e que a entrada nele era livre. Um deles sofreu arranhões ao tentar resgatar a estudante do fundo do fosso e está em estado de choque, de acordo com familiares.

O corpo de Bruna foi liberado do Instituto Médico-Legal na tarde de hoje e reconhecido pela irmã da estudante Barbara Barboza Lino, de 24 anos. "Nós desconfiamos que ela não tenha visto o fosso na escuridão", afirmou. O enterro está marcado para a manhã desta segunda-feira, 16, no Cemitério Vila Pauliceia, em São Bernardo do Campo, cidade onde mora a família da estudante.

Planos

Bruna era uma das filhas do meio entre seis irmãos. Seu pai é aposentado e tem 86 anos. "Ela estava muito feliz no curso que fazia, vivendo a vida de toda jovem. Qualquer pessoa que conhecia a Bruna via que era só alegria", disse a irmã. Além de estudar, a jovem trabalhava como atendente em uma editora. Ela planejava optar pela ênfase em Francês.

Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Butantã lamentou a morte da estudante e informou que "está à disposição para as investigações". Segundo o órgão, a obra está cercada por grades, muros e outros materiais, o que impediria a entrada de pessoas.

A reitoria da USP afirmou que a obra estava abandonada, mas o Instituto Butantã não se manifestou sobre o assunto. A assessoria não informou qual a finalidade da construção. Em nota, a USP também lamenta o acidente.

A polícia apura se foram tomadas todas as medidas para evitar acidentes e isolar o fosso. Também será analisado se o grupo invadiu o prédio. Festas no câmpus têm de ser autorizadas pela reitoria. O caso será investigado pelo 93.º DP (Jaguaré). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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