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Aliados históricos do PT já falam em candidatura própria

Diante do enfraquecimento do PT, aliados históricos do partido já falam em lançar candidaturas próprias em 2018

PT: para aliados, Lula é o único nome forte do partido, e a Lava Jato pode inviabilizar sua eleição em 2018 (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2016 às 08h41.

Brasília - Diante do enfraquecimento do PT , aliados históricos da sigla que obtiveram bons resultados nas eleições municipais já falam em lançar candidatos à Presidência em 2018. É o caso do PCdoB e o PDT .

A avaliação de dirigentes das duas siglas é de que hoje o PT tem apenas um nome natural para 2018, que é o ex-presidente Lula, e que essa candidatura poderá ser inviabilizada com o avanço da Operação Lava Jato .

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"Eu, pessoalmente, defendo que o PCdoB tenha um candidato a presidente", disse o deputado Orlando Silva (SP). Ele sugeriu nomes como o governador do Maranhão, Flávio Dino, e do ex-ministro Aldo Rebelo. "Temos de repensar o projeto da esquerda e, para isso, é preciso colocar novos nomes para a sociedade brasileira", defendeu.

O PCdoB conquistou 80 prefeituras este ano frente as 54 de 2012. O crescimento se deve à influência de Dino, que conseguiu eleger 46 prefeitos do partido somente no Maranhão.

Para o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o crescimento do partido foi o primeiro movimento para consolidar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes em 2018. "Esse é um cenário irreversível", disse. Para Lupi, chegou a vez de o PT apoiar uma candidato que represente o campo da centro-esquerda.

O PSOL também considera "impossível" apoiar um candidato do PT em 2018, ou mesmo fazer parte de uma frente mais ampla de esquerda para a sucessão. "A frente tem de ser da sociedade, não dos partidos", disse deputada Luiza Erundina, candidata derrotada em São Paulo.

Segundo o deputado Chico Alencar (RJ), a tendência hoje é que o PSOL lance candidato próprio em 2018. O partido comemorou o desempenho nas eleições municipais, apesar de ter eleito apenas dois prefeitos no domingo. A aposta da sigla, no entanto, é que Marcelo Freixo consiga vencer no segundo turno no Rio.

Para o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), a derrota se deve ao momento político e pode ser revertida no futuro. Ele, porém, diz que o partido estará aberto a analisar opções de outras legendas para 2018. "Se surgir alguém com densidade eleitoral, com articulação política para liderar, o PT vai ter que sentar e discutir ", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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