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Aliados de Araújo demitidos; Leilão da Avianca suspenso…

Uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

General Santos Cruz: ministro é centro de nova disputa entre ala militar e ala apoiadora de Olavo de Carvalho no governo / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2019 às 07h29.

Última atualização em 7 de maio de 2019 às 09h06.

Leilão da Avianca suspenso

O leilão de slots da companhia aérea Avianca, marcado para a tarde desta terça-feira, foi suspenso na segunda-feira, 6, pela Justiça. A decisão judicial atende em parte uma solicitação da empresa de logística Swissport Brasil, uma das credoras da Avianca e que alega que o maior credor, o fundo Elliott, havia negociado vantagens preferenciais com as companhias Gol e Latam. A Justiça também questiona a legalidade de leiloar os slots, que são as autorizações de pouso e decolagem nos aeroportos, porque eles não são propriedades da companhia aérea, que só tem autorização para usá-los e, portanto, não poderiam ser vendidos.

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Armas para caçadores

O Palácio do Planalto confirmou que o presidente Jair Bolsonaro comanda, a partir das 16h desta terça-feira 7, a cerimônia de assinatura do novo decreto que regulamenta o posse, o porte e a comercialização de armas e munições para caçadores, atiradores e colecionadores. “Trata também da desburocratização, comercialização e importação de armas e munições. Contempla a facilitação do transporte de armas, o aumento da dotação da munição, dentre outras”, afirmou o porta-voz Rêgo Barros. O decreto já havia sido anunciado pelo presidente no início do mês passado.

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A “limpa” do novo presidente da Apex

Em mais um capítulo da disputa entre a ala militar do governo do presidente Jair Bolsonaro e a ala “ideológica”, influenciada pelo escritor Olavo de Carvalho, o novo presidente da Apex, o contra-almirante da Marinha Sergio Ricardo Segovia Barbosa, demitiu dois secretários da agência que haviam sido indicados pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. As demissões de Letícia Catelani e Márcio Coimbra foram anunciadas nesta segunda-feira, 6, na mesma nota oficial sobre a posse de Segovia, o terceiro a ocupar o cargo desde janeiro.

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Carlos Bolsonaro: orgulhoso de ataques a Santa Cruz

O vereador do Rio e filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, tem se vangloriado de ataques ao chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz. Segundo o jornal O Globo, o “Zero Dois” disse a um aliado ter “explodido” o ministro após publicação no Twitter do presidente, afirmando que não haverá regulação da imprensa ou de redes sociais. Em entrevista à rádio Jovem Pan há um mês, Santos Cruz disse que a legislação sobre as redes sociais “tem de ser melhorada”. Apoiadores do filósofo Olavo de Carvalho vêm usando no Twitter a hashtag #ForaSantosCruz.

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“Trotski de direita”

Nesta segunda-feira, 6, o ex-comandante do Exército brasileiro e membro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Villas Bôas, rebateu o filósofo Olavo de Carvalho através do Twitter por causa do episódio com Santos Cruz: “Mais uma vez o Sr. Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial, derrama seus ataques aos militares demonstrando total falta de princípios básicos de educação. Verdadeiro Trotski de direita”, escreveu. O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta segunda-feira 6, que haja um racha no governo entre militares e “olavetes”. “Não existe grupo de militares nem grupo de olavos aqui. Tudo é um time só”, afirmou o presidente.

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Sem cortes para os colégios militares

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não vai cortar recursos de colégios militares, apesar do contingenciamento no Ministério da Educação (MEC) de 30% de instituições federais de ensino. As unidades militares estão vinculadas ao orçamento do Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro. “A força tem autonomia na definição das prioridades com relação aos recursos orçamentários de suas organizações”, afirmou o porta-voz.

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Temer vira réu pela sexta vez

A Justiça Federal de Brasília transformou o ex-presidente Michel Temer réu pela sexta vez em decisão proferida pelo juiz Marcos Reis Bastos nesta segunda-feira, 6. Temer irá responder por organização criminosa junto com os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. O ex-presidente ainda virou réu e deverá se defender da acusação de obstrução de justiça, da qual é acusado no âmbito da operação lava-jato. Em nota, a defesa de Temer disse que ele “nunca integrou organização criminosa nem obstruiu a Justiça e por isso também essa acusação será desmascarada a seu tempo”. O juiz que deferiu a investigação, entretanto, diz que “a denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança”, e que por isso a denúncia tem força para se tornar mais uma ação penal.

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PIB: nova queda na expectativa

O mercado voltou a reduzir com força a expectativa de crescimento da economia brasileira neste ano, em meio à deterioração do cenário para a indústria, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, 6. O levantamento semanal apontou que a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou a 1,49%, ante 1,70 % no levantamento anterior. Essa é a décima semana seguida de piora da projeção, que pela primeira vez ficou abaixo de 1,5%. Para 2020, entretanto, não houve mudança nas previsões, e a expectativa é que no ano que vem a economia cresça 2,5%.

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Reunião do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realiza nesta terça-feira reunião para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. A taxa será anunciada após a segunda parte da reunião, na quarta-feira, 8. De acordo com previsões do boletim Focus desta segunda-feira, 6, a Selic terminará 2019 no atual piso histórico de 6,5%, indo a 7,50% em 2020. O cenário para a inflação neste ano deve piorar ligeiramente, com alta do IPCA chegando a 4,04%, um aumento de 0,03% em apenas uma semana, data do último boletim. Para 2020 a expectativa ainda é de uma inflação de 4,00%.

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PSOE vai à luta para coalizão

O PSOE, partido de centro-esquerda vencedor das eleições parlamentares na Espanha há duas semanas, vai se reunir nesta terça-feira com outros partidos em busca de uma coalizão que o possibilite governar. O líder do partido, Pedro Sánchez, que já estava no cargo desde que seu antecessor (Mariano Rajoy, do partido rival PP), continuará no cargo de primeiro-ministro caso as negociações sejam concretizadas. Sánchez se reúne nesta terça-feira com o Podemos, partido da nova esquerda espanhola, de quem tem apoio quase certo, e com o Ciudadanos, partido de centro-direita liberal e de quem espera ter algum apoio, ainda que não na coalizão. O partido conseguiu 123 cadeiras (38 a mais do que tinha antes), mas, ainda assim, precisará de 176 para formar maioria, uma vez que o Parlamento espanhol tem 350 assentos.

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Cessar-fogo em Gaza

Grupos armados da Faixa de Gaza declararam na segunda-feira, 6, que acordaram uma trégua com o governo de Israel, depois de uma série de ataques que deixaram ao menos 25 mortos no final de semana. Pouco tempo após o anúncio do cessar-fogo, contudo, o primeiro-ministro israelense e titular de Defesa, Benjamin Netanyahu, disse que a sua campanha no território palestino não terminou. “Nos últimos dois dias combatemos o Hamas e a Jihad Islâmica com contundente força. Atacamos mais de 350 alvos, seus líderes e agentes terroristas e destruímos edifícios terroristas”, afirmou, dizendo ainda que “a campanha requer paciência e sagacidade”. Ao todo, foram disparados 250 foguetes do lado palestino, o maior número já lançado contra Israel em um único dia nos últimos anos. Dezenas foram interceptados pela defesa antimísseis, afirmaram as Forças Armadas israelenses.

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