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Aliado de Temer é exonerado da presidência da Funasa

Antonio de Carvalho Pires diz ter sido ejetado da presidência da Funasa por não aceitar trocar coordenadores para abrir espaço para indicações do PTN e do PMB

Funasa: Antonio de Carvalho Pires diz ter sido ejetado da presidência da Funasa por não aceitar trocar coordenadores para abrir espaço para indicações do PTN e do PMB (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2016 às 14h13.

Brasília - A cinco dias da reunião do diretório nacional que definirá se o PMDB desembarcará ou não do governo federal, um aliado do vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer , foi exonerado pela presidente Dilma Rousseff .

Antonio Henrique de Carvalho Pires diz ter sido ejetado da presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) por não aceitar trocar coordenadores da instituição para abrir espaço para indicações do PTN e do PMB.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 24, Pires, que se define como "híbrido político-técnico", disse que há cerca de um mês foi procurado por Marcelo Castro, ministro da Saúde, pasta à qual a Funasa é subordinada, para que fizesse as trocas.

Nesta semana, o engenheiro que comanda a fundação desde 2014 disse ter sido novamente abordado sobre o assunto, mas, desta vez, por Giles Azevedo, assessor especial da Presidência da República.

"Terça-feira, fui chamado ao Palácio mais uma vez e disse 'olhe, vamos aproveitar este ponto de não concordância e vocês já trocam o presidente também", disse Pires, que continuou relatando sua declaração ao assessor especial de Dilma, Giles Azevedo.

"O cargo é do governo, está à disposição. Não aceito ficar numa situação dessas". "Disse (isso) ao Giles. Já tinha dito ao ministro Marcelo Castro também. Está com mais de um mês que eu tinha dito a ele também", afirmou Antonio Henrique Pires.

O agora ex-presidente da Funasa disse que as alterações eram para atender ao PTN, que nos últimos 30 dias passou de quatro para 13 deputados, e o PMB, que minguou de 22 para apenas um deputado que, no entanto, tem voto na comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Há mais de um mês o governo vinha insistindo para que a gente trocasse algumas coordenações-gerais, que são coordenações, como financeira, de contratos, para poder atender outro partido. Dizia que não tem condições, que o presidente sou eu, o CPF é o meu. Então, não tinha como fazer as mudanças. Que arrumassem pelo menos servidores públicos e não pessoas que nunca exerceram o serviço público para atender partideco A ou B", disse Antonio Henrique Pires.

Quem assumiu interinamente a Funasa foi Márcio Endles Lima Vale, indicação do PTN. O partido, que também tem um voto na comissão do impeachment, declarou-se independente e faz mistério a respeito dos votos de seus deputados no processo de impedimento da presidente. O líder do partido, Aluisio Mendes (MA), negou ontem à reportagem que estivesse negociando cargos com o Planalto.

Antonio Henrique Pires disse que não é a primeira vez que pediram a ele para fazer trocas com viés político. "Houve mudanças drásticas no ano passado. Tiraram duas diretorias do PMDB para atender o PT e o PT do B", afirmou.

Peemedebistas avaliaram a exoneração do aliado de Michel Temer como uma provocação.

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Brasília - A cinco dias da reunião do diretório nacional que definirá se o PMDB desembarcará ou não do governo federal, um aliado do vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer , foi exonerado pela presidente Dilma Rousseff .

Antonio Henrique de Carvalho Pires diz ter sido ejetado da presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) por não aceitar trocar coordenadores da instituição para abrir espaço para indicações do PTN e do PMB.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 24, Pires, que se define como "híbrido político-técnico", disse que há cerca de um mês foi procurado por Marcelo Castro, ministro da Saúde, pasta à qual a Funasa é subordinada, para que fizesse as trocas.

Nesta semana, o engenheiro que comanda a fundação desde 2014 disse ter sido novamente abordado sobre o assunto, mas, desta vez, por Giles Azevedo, assessor especial da Presidência da República.

"Terça-feira, fui chamado ao Palácio mais uma vez e disse 'olhe, vamos aproveitar este ponto de não concordância e vocês já trocam o presidente também", disse Pires, que continuou relatando sua declaração ao assessor especial de Dilma, Giles Azevedo.

"O cargo é do governo, está à disposição. Não aceito ficar numa situação dessas". "Disse (isso) ao Giles. Já tinha dito ao ministro Marcelo Castro também. Está com mais de um mês que eu tinha dito a ele também", afirmou Antonio Henrique Pires.

O agora ex-presidente da Funasa disse que as alterações eram para atender ao PTN, que nos últimos 30 dias passou de quatro para 13 deputados, e o PMB, que minguou de 22 para apenas um deputado que, no entanto, tem voto na comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Há mais de um mês o governo vinha insistindo para que a gente trocasse algumas coordenações-gerais, que são coordenações, como financeira, de contratos, para poder atender outro partido. Dizia que não tem condições, que o presidente sou eu, o CPF é o meu. Então, não tinha como fazer as mudanças. Que arrumassem pelo menos servidores públicos e não pessoas que nunca exerceram o serviço público para atender partideco A ou B", disse Antonio Henrique Pires.

Quem assumiu interinamente a Funasa foi Márcio Endles Lima Vale, indicação do PTN. O partido, que também tem um voto na comissão do impeachment, declarou-se independente e faz mistério a respeito dos votos de seus deputados no processo de impedimento da presidente. O líder do partido, Aluisio Mendes (MA), negou ontem à reportagem que estivesse negociando cargos com o Planalto.

Antonio Henrique Pires disse que não é a primeira vez que pediram a ele para fazer trocas com viés político. "Houve mudanças drásticas no ano passado. Tiraram duas diretorias do PMDB para atender o PT e o PT do B", afirmou.

Peemedebistas avaliaram a exoneração do aliado de Michel Temer como uma provocação.

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