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Aliada de Dilma deve ser expulsa do PMDB em setembro

Críticas de Kátia Abreu ao impeachment e ao presidente interino Michel Temer repercutem mal dentro do partido


	Fiel escudeira de Dilma, Kátia Abreu deve ser expulsa do PMDB durante a executiva nacional do partido
 (Elza Fiuza / Agência Brasil)

Fiel escudeira de Dilma, Kátia Abreu deve ser expulsa do PMDB durante a executiva nacional do partido (Elza Fiuza / Agência Brasil)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 16h10.

Brasília — A lealdade da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) à presidente afastada Dilma Rousseff (PT) esgotou a paciência da legenda peemedebista. A situação deve ser determinante para a expulsar a parlamentar do partido em setembro — a saída deve ser confirmada durante a executiva nacional do partido.

Peemedebistas admitem que a postura irredutível de Kátia sobre o processo de impeachment de Dilma tem repercutido mal dentro da sigla. Em um de seus discursos, ela disse que Dilma é vítima de “crueldade” por meio de acusações “injustas”. As críticas frequentes da senadora ao presidente interino, Michel Temer (PMDB), também tem irritado a cúpula do partido.

Vale lembrar que a senadora não seguiu a determinação da cúpula do PMDB, em março. Na ocasião, a legenda rompeu com Dilma e sugeriu que os peemedebistas deixassem os ministérios que comandavam. Kátia permaneceu à frente da pasta de Agricultura.

Visto como um dos “xerifes” que defende o afastamento definitivo de Dilma, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que a expulsão de Kátia não está descartada, mas foi categórico ao dizer que a questão ainda não foi discutida.

Procurada por EXAME.com, a assessoria de imprensa de Kátia afirmou que a senadora “não fará comentários sobre o assunto.”

Futuro incerto

Diante de sua provável expulsão, Kátia pode se antecipar e pedir o desligamento do PMDB. Se optar por esse caminho, a senadora não corre o risco de perder o mandato com base na resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre fidelidade partidária.

Recentemente, um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que, ao contrário dos deputados, senadores podem trocar de partido e continuar no desempenho de suas funções parlamentares.

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