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Alexandre de Moraes elogia adiamento de votação sobre Aécio

O ministro do STF afirmou que o Senado até poderia votar este tema, "exercendo a sua função", mas que o adiamento ajuda a "diminuir eventuais tensões"

Alexandre de Moraes: "Cada órgão está exercendo o seu papel constitucional" (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 16h51.

Brasília - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou nesta quarta-feira, 4, o adiamento da votação no Senado sobre as medidas impostas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) pela Corte.

Moraes afirmou que o Senado até poderia votar este tema, "exercendo a sua função", mas que o adiamento ajuda a "diminuir eventuais tensões".

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O Senado considerou que o Supremo julgará na próxima quarta-feira, 11, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que trata da aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão de deputados e senadores - hipóteses que não estão esclarecidas na Constituição.

Entre senadores, prevaleceu a ideia de que uma votação antes de o Supremo disciplinar a questão seria uma espécie de enfrentamento à Suprema Corte, agravando a crise institucional.

"A Primeira Turma entendeu por bem aplicar determinadas medidas. (Foi) Uma decisão do Supremo. Se o Senado entendesse por bem votar ou não votar, por interpretar que isso seria prisão, ele estaria exercendo a sua função", disse Alexandre de Moraes, que foi voto vencido no julgamento em que a Primeira Turma do STF, por 3 votos a 2, afastou Aécio Neves de funções parlamentares e impôs ao senador o recolhimento domiciliar noturno.

"Cada órgão está exercendo o seu papel constitucional. Mas obviamente o posicionamento do presidente do Senado, Eunício Oliveira, em conversas com a presidente Cármen Lúcia do Supremo foi um posicionamento importante no sentido de diminuir eventuais tensões, e aguardar uma semana", afirmou Moraes.

O ministro do STF afirmou também que "a última palavra de interpretação constitucional é o Supremo Tribunal Federal", fazendo uma referência ao julgamento no STF do próximo dia 11. Ele não antecipou posicionamento.

"Isto é o que o Supremo Tribunal Federal vai decidir quarta-feira. Vai decidir, primeiro, se as medidas cautelares substitutivas de prisão preventivas se aplicam aos parlamentares. E, em se aplicando, se há possibilidade de revisão no Congresso. Esse é o mérito que vai ser discutido na quarta-feira, e eu, por óbvio, não vou antecipar meu voto", disse.

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