Alertas de desmatamento na Amazônia Legal caem 20%
Dados divulgados são do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2014 às 16h31.
Brasília - Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 20% entre agosto de 2013 e abril de 2014, comparado ao mesmo período de 2012/2013.
Os dados, divulgados hoje (23), são do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Seguindo a tendência de diminuição apresentada, em fevereiro, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a área da Amazônia Legal afetada no período caiu de 1.872,85 quilômetros quadrados para 1.500,53 quilômetros quadrados.
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, relatou a Operação Onda Verde, feita em parceria com a Força Nacional, em áreas do norte e nordeste de Mato Grosso e do sul do Pará.
No período de agosto de 2013 a abril de 2014, foram apreendidos centenas de equipamentos, como tratores e motosserras, e aplicados 2.401 autos de infração e mais de R$ 1,1 trilhão em multas.
De acordo com Evaristo, “em Mato Grosso, há a expansão de áreas com posse, mas o Pará é a terra da grilagem, do 'laranja' [alguém que empresta nome para benefício de outros], e a única forma de combater [o desmatamento] é fazendo a destruição dos acampamentos e dos equipamentos, com uma ação muito mais intensiva em razão do alto nível da criminalidade que opera na BR-163”.
O diretor do Ibama explica que, no eixo da rodovia, no município de Novo Progresso (PA), há a fiscalização em parceria com os indígenas da etnia caiapó, que denunciam a ação de madeireiros ilegais em suas terras.
Em uma das operações, foram destruídos 11 acampamentos e 26 motosserras. “Cada motosserra custa cerca de R$ 3 mil e desmata 2,42 hectares por dia, então além da descapitalização do grupo evitamos o desmatamento”, afirmou Evaristo.
De acordo com o presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, o Deter não mede desmatamentos porque os equipamentos do sistema enfrentam a cobertura das nuvens na época do ano da medição e têm capacidade de detectar apenas áreas desmatadas maiores de 25 hectares.
Apesar das limitações, o objetivo do Deter é direcionar as ações de fiscalização do Ibama para os locais apontados pelos satélites.
Taxas anuais de desmatamento na Amazônia Legal são medidas de forma mais precisa pelo Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que apresenta relatórios anuais.
Para este ano, segundo o presidente do Ibama, “nós aguardamos agora completar esse período Prodes, de agosto a julho, e entregar um número Prodes que realmente apresente uma redução nas taxas de desmatamento que já são muito baixas em relação ao passado”.
Zanardi contou ainda que está em andamento um processo de contratação de brigadas indígenas que vão reforçar o trabalho de combate às queimadas em períodos de estiagem.
Brasília - Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 20% entre agosto de 2013 e abril de 2014, comparado ao mesmo período de 2012/2013.
Os dados, divulgados hoje (23), são do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Seguindo a tendência de diminuição apresentada, em fevereiro, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a área da Amazônia Legal afetada no período caiu de 1.872,85 quilômetros quadrados para 1.500,53 quilômetros quadrados.
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, relatou a Operação Onda Verde, feita em parceria com a Força Nacional, em áreas do norte e nordeste de Mato Grosso e do sul do Pará.
No período de agosto de 2013 a abril de 2014, foram apreendidos centenas de equipamentos, como tratores e motosserras, e aplicados 2.401 autos de infração e mais de R$ 1,1 trilhão em multas.
De acordo com Evaristo, “em Mato Grosso, há a expansão de áreas com posse, mas o Pará é a terra da grilagem, do 'laranja' [alguém que empresta nome para benefício de outros], e a única forma de combater [o desmatamento] é fazendo a destruição dos acampamentos e dos equipamentos, com uma ação muito mais intensiva em razão do alto nível da criminalidade que opera na BR-163”.
O diretor do Ibama explica que, no eixo da rodovia, no município de Novo Progresso (PA), há a fiscalização em parceria com os indígenas da etnia caiapó, que denunciam a ação de madeireiros ilegais em suas terras.
Em uma das operações, foram destruídos 11 acampamentos e 26 motosserras. “Cada motosserra custa cerca de R$ 3 mil e desmata 2,42 hectares por dia, então além da descapitalização do grupo evitamos o desmatamento”, afirmou Evaristo.
De acordo com o presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, o Deter não mede desmatamentos porque os equipamentos do sistema enfrentam a cobertura das nuvens na época do ano da medição e têm capacidade de detectar apenas áreas desmatadas maiores de 25 hectares.
Apesar das limitações, o objetivo do Deter é direcionar as ações de fiscalização do Ibama para os locais apontados pelos satélites.
Taxas anuais de desmatamento na Amazônia Legal são medidas de forma mais precisa pelo Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que apresenta relatórios anuais.
Para este ano, segundo o presidente do Ibama, “nós aguardamos agora completar esse período Prodes, de agosto a julho, e entregar um número Prodes que realmente apresente uma redução nas taxas de desmatamento que já são muito baixas em relação ao passado”.
Zanardi contou ainda que está em andamento um processo de contratação de brigadas indígenas que vão reforçar o trabalho de combate às queimadas em períodos de estiagem.